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Vitória FC 1-3 Sporting | Bruno evita gripe leonina

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O Sporting foi ao Bonfim vencer o Vitória de Setúbal por 3-1, num jogo marcado pelas dificuldades sadinas na sequência do surto gripal que afectou o seu plantel.

Perante um anfitrião desfalcado, mas com um espírito de luta inatacável, o triunfo leonino acabou por ser natural, mas foi tudo menos fácil.

A ganhar 2-0 ao intervalo, os homens de Alvalade deixaram o Vitória reduzir, apanharam alguns sustos, mas confirmaram os três pontos já nos descontos. Nota para o amarelo que tira Sebastián Coates da recepção ao Benfica e para a lesão de Luciano Vietto, que obrigou à saída do argentino.

O jogo explicado em números

  • Os sadinos deixaram de fora 12 dos habituais convocados para os jogos na Liga NOS, devido aos casos de gripe, sendo obrigados a muitas alterações em todos os sectores. Aliás, no banco começaram somente cinco jogadores, em vez dos sete que as equipas costumam apresentar.
  • Ainda assim, o “leão” não encontrou facilidades. Ao primeiro quarto-de-hora, registava 59% de posse de bola, 88% de eficácia de passe, mas somente um remate (desenquadrado), contra dois dos homens da casa (também ineficazes). Aliás, as duas equipas registavam apenas uma acção com bola cada nas áreas contrárias.
  • Mas a superioridade leonina começou a acentuar-se e, aos 27 minutos, o Sporting chegou à vantagem. Cruzamento da direita de Ristovski e João Meira, infeliz, desviou para a sua própria baliza.
  • A meia-hora apresentou-nos um retrato já consistente do jogo. O Sporting dominava com 61% de posse, três remates e nenhum enquadrado, apesar da vantagem. Mas aos 33 minutos o árbitro assinalou falta de Pirri sobre Bruno Fernandes na grande área e o respectivo penálti. O capitão leonino não desperdiçou. Tudo fácil para o Sporting.
  • E assim se atingiu o intervalo. O Sporting esteve sempre por cima de um jogo que esteve longe de bem jogado, e que mostrou um Vitória desfalcado, fragilizado, mas com um grande espírito de luta.
  • Um autogolo de João Meira e um tento de Bruno Fernandes iam dando colorido ao marcador. O melhor em campo nesta fase era o capitão leonino, com um GoalPoint Rating de 7.6, um golo marcado em dois remates, dois passes para finalização e cinco recuperações de posse, o máximo no relvado do Bonfim.
  • O Sporting reentrou na partida a dominar e a controlar em absoluto as operações, impedindo o Vitória de realizar transições ofensivas. Os “leões” registavam 60% de posse no segundo tempo, à passagem da hora de jogo, bem como três remates, um enquadrado, contra um disparo contrário.
  • Nesta altura, os homens da casa não tinham qualquer acção com bola na área leonina, mas os lisboetas também só registavam três, dado o recuo vitoriano. O jogo ameaçava adormecer, perante algum excesso de confiança do Sporting, mas Carlinhos tratou de o acordar.
  • Aos 63 minutos, o médio arranjou um pontapé fulminante de fora da área e Luís Maximiano não conseguiu mais do que tocar levemente na bola, com esta a entrar na sua baliza. No primeiro remate enquadrado dos sadinos (em seis), aqui estava o golo.
  • Entretanto, o Sporting perdeu Luciano Vietto, por lesão, e Sebastián Coates viu o cartão amarelo, o quinto, que o coloca de fora do dérbi da próxima sexta-feira com o Benfica. E aos 74, Guedes cabeceou ao ferro, perdendo a possibilidade de empate. O jogo começava a correr mal aos “leões”.
  • Nesta fase os sadinos apresentavam já 43% de posse de bola e os mesmos cinco remates do Sporting no segundo tempo, mas menos um enquadrado (1-2). Apenas Bruno Fernandes mostrava qualidade extra no relvado do Bonfim – um rating de 8.1 -, com destaque, mais uma vez, para o espírito de luta dos da casa.
  • O Sporting teve de colocar-se em sentido perante a reacção contrária, arriscando menos para evitar dar espaços e possibilidades de empate para o seu adversário, conseguindo, assim, surgir com mais espaço na defensiva contrária. Foi desta forma que Bruno Fernandes (95′) fez o 3-1, sozinho perante Milton Raphael.

Eduardo Costa / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Mais uma brilhante exibição de Bruno Fernandes. As dificuldades que o Vitória sentiu na partida, devido aos problemas de saúde dos seus jogadores, não retiram mérito ao capitão leonino, dado que os sadinos deram muita luta ao Sporting.

O médio foi de longe o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 9.2, fruto de dois golos, quatro remates (dois enquadrados), três passes para finalização, 97 acções com bola (máximo da partida), e ainda dois dribles completos, 9 recuperações de posse e quatro desarmes.

Jogadores em foco

  • Carlinhos 6.6 – O brasileiro do Vitória registou o segundo rating mais elevado da partida. O grande golo que marcou, de fora da área, contribui decisivamente para esse facto, mas o médio completou ainda 88% de passes, teve sucesso em sete de nove passes longos, completou três de seis tentativas de drible e somou dez recuperações de posse.
  • Cristian Borja 6.5 – Bom jogo do lateral-esquerdo, a conduzir muitos ataques do Sporting pelo seu flanco. O colombiano fez um passes para finalização, concluiu 41 de 46 entregas, completou três de cinco tentativas de drible e fez três desarmes.
  • Sebastián Coates 6.4 – O uruguaio estava a fazer um bom jogo, quando viu cartão amarelo, o quinto na Liga, que o atira para fora do dérbi de sexta-feira com o Benfica. Tirando esse facto marcante pela negativa, o central registou 92% de eficácia de passe, somou 13 passes progressivos eficazes, dois dribles certos e fez cinco alívios.
  • Leandro Vilela 6.0 – O médio brasileiro realizou apenas o segundo jogo pelos sadinos esta época, mas aproveitou esse facto para fazer a assistência para o golo de Carlinhos, terminando com dois passes para finalização e seis desarmes, o máximo do jogo.
  • Rodrigo Battaglia 5.9 – Após o calvário devido à grave lesão no joelho, o argentino jogou os 90 minutos e cumpriu, sem deslumbrar. Uma eficácia de passe de 92%, oito recuperações de posse e três desarmes foram os principais números do “trinco”.
  • Luciano Vietto 5.8 – O argentino saiu lesionado, lançando a preocupação nos adeptos quanto à sua utilização no dérbi com o Benfica. Até lá esteve discreto, com três remates, dois deles enquadrados, um passe para finalização e pouco mais.

Resumo

// Goal

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