O antigo proprietário do Crystal Palace, Simon Jordan, concorda com as críticas feitas pelo antigo jogador do Manchester United Wayne Rooney a Cristiano Ronaldo, comentando que o comportamento do jogador não tem sido o mais ajustado desde o regresso a Old Trafford.
“Creio que ele precisava de ser um titular em termos de ser um exemplo e um modelo a seguir. Ele está num clube onde está uma desordem há vários anos e com falta de padrões. Ele não teve que escolher padrões quando jogou com Alex Ferguson, na primeira passagem. Não teve escolha quando jogou no Real Madrid. Não teve que escolher padrões”, começou por dizer Simon Jordan, em declarações ao talkSport.
“Mas teve essa escolha no regresso ao Manchester United porque estava uma desordem e não havia líderes. Por isso, talvez estejamos a ter um vislumbre real do caráter de Cristiano Ronaldo“, continuou.
“Quando trabalhas” para “Alex Ferguson, não tens muitas opções a não ser seguir as regras, independentemente do quão bom és. O Ferguson era o rei do castelo e toda gente sabia disso. Esta foi, provavelmente, a primeira vez que Ronaldo foi chamado a comportar-se à sua maneira num clube sem o controlo e disciplina que se espera de um grande clube de futebol”, explicou.
“Ele desiludiu e deixou cair a imagem que as outras pessoas tinham dele. Sei que há outras coisas por trás disto. Sei que teve algumas tragédias na vida pessoal que também devemos ter em consideração. Mas eu estou desiludido com Cristiano Ronaldo pela forma como ele escolheu comportar-se em algumas ocasiões”, concluiu.
Na sexta-feira, Rooney críticou na direção Ronaldo, indicando que este devia “baixar a cabeça e trabalhar”.
“O Man. United é melhor com o Cristiano em campo? Não creio. Ele e o Messi são os dois melhores jogadores de todos os tempos e consegues ir por qualquer caminho com isso. Mas acho que as coisas que ele tem feito desde o início da época não aceitáveis para o clube”, começou por dizer na antena da talkSport.
Rooney não perdoou igualmente Roy Keane, antigo jogador do Man. United que, contra as expetativas, defendeu o português. “Eu vi o Roy Keane a defender o Cristiano. O Roy não aceitaria isso, não aceitaria mesmo…”, indicou.
Ronaldo “tem de baixar a cabeça e trabalhar e estar pronto para jogar sempre que o treinador precisar dele. Se fizer isso, será um ativo no clube. Se não fizer, será uma distração que não é pretendida”, atirou ainda.