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Vírus mortal transportado por mosquitos está a espalhar-se nos EUA

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jcwait / Canva

Nos Estados Unidos está a espalhar-se um vírus que infeta o cérebro humano e é transportado por mosquitos. Recentemente, vários Estados têm reportado casos de mortes associadas ao vírus conhecido como Encefalite Equina do Oeste (EEO).

O EEEV pode ser transmitido por várias espécies de mosquitos, incluindo os que vivem em áreas mais quentes dos EUA. Num aviso divulgado este mês pelo departamento de saúde da Florida, em Orange County, as autoridades de saúde e investigadores alertam que “o risco de transmissão para humanos aumentou“.

A situação chegou ao conhecimento geral em agosto deste ano, mas, desde então, o número de casos tem vindo a aumentar significativamente. Ainda que não sejam um número assustador, os especialistas temem que, com o aquecimento global, a situação piore.

No Massachusetts, foi reportada a morte de um homem na casa dos 70 anos, naquele que é o décimos caso de EEO em humanos detetado no Estado este ano. No Michigan foi anunciado mais um infetado, elevando o número para oito. Na Nova Jérsia foram descobertos mais dois casos e no Connecticut foi comunicado o primeiro óbito resultante deste vírus.

Segundo as contas do Gizmodo, são já 25 casos confirmados e, pelo menos, sete mortes resultantes de Encefalite Equina do Oeste.

A maior parte das pessoas infetadas com o vírus desenvolve sintomas de gripe, e cerca de 5% têm inchaço cerebral grave. Este inchaço pode conduzir a dores de cabeça, sonolência, convulsões, coma e até morte — e o último pode chegar apenas dois dias depois do início dos sintomas.

Mesmo as pessoas que conseguem sobreviver ao vírus têm uma grande probabilidade de ficar com problemas neurológicos para o resto da vida. Para já, não existe tratamento nem vacina disponíveis que possam curar a infeção.

“Periodicamente, pode haver um surto em Massachusetts, Rhode Island, e não necessariamente vê-lo em Connecticut e Nova Jérsia. Mas este ano, está realmente em toda a região”, disse Theodore Andreadis, diretor da Estação Experimental Agrícola e chefe do Centro de Biologia Vetorial e Doenças Zoonóticas de Connecticut.

“E nem sabemos quantas outras pessoas desenvolveram sintomas da doença ou foram expostas ao vírus e não desenvolveram sintomas. Portanto, é realmente extraordinário nesta época”, acrescentou.

As alterações climáticas e o aquecimento global são algumas das razões pelas quais o vírus se está a espalhar tão rapidamente. “Algumas das coisas que sabemos sobre as alterações climáticas na maneira como afeta as condições climáticas, certamente afetam as populações de mosquitos”, explicou Andreadis.

ZAP //

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