O que é o vírus Epstein-Barr, a “doença do beijo” que afeta a cantora Anitta?

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Teca Lamboglia / Flickr

O vírus é transmitido através do contacto com a saliva de uma pessoa infetada e está associado ao desenvolvimento de esclerose múltipla.

No início de dezembro, Anitta revelou que foi recentemente diagnosticada com o vírus Epstein-Barr, conhecido como o culpado pela “doença do beijo“. O anúncio da cantora brasileira foi feito durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer, que sofre de esclerose múltipla.

A escolha deste momento não foi por acaso, já que este vírus também pode causar esclerose múltipla. A artista descreveu receber a notícia como o “momento mais difícil da sua vida” e referiu quão importante foi a sua relação com a atriz.

“Quando começamos todo este contacto, e saíram os resultados, eu estava com o mesmo vírus da Ludmila em fase inicial. Hoje em dia, não há coincidências. Por sorte, por destino, eu consegui não chegar ao ponto que a Ludmila chegou. Ela foi uma benção na minha vida e só alegria”, disse Anitta.

No que consiste esta doença? Conhecida ainda como mononucleose, esta doença infeta as células nasais e da faringe e os linfócitos, que são as células de defesa. O vírus Epstein-Barr transmite-se através da saliva, daí ser conhecido como “doença do beijo”.

No entanto, não é só com beijos que se pode passar o vírus, já que o contacto com escovas de dentes, copos ou talheres usados por uma pessoa infetada também podem espalhar a doença.

O vírus afeta principalmente pessoas entre os 15 e 25 anos e é mais frequente nas grandes cidades, de acordo com os dados do Ministério da Saúde do Brasil citados pelo G1.

“A mononucleose infecciosa é a manifestação mais comum da infeção pelo vírus do Epstein-Barr. A maioria das pessoas apanha quando ainda é criança e as manifestações são bem mais tranquilas. Quando a pessoa apanha na vida adulta, os sintomas são mais pronunciados”, afirma a infectologista Mirian Dal Ben, do Hospital Sírio-Libanês.

A maioria dos casos não apresenta sintomas, o que dificulta o seu diagnóstico e aumenta os níveis de transmissão. O seu período de transmissibilidade pode durar um ano ou mais. Quando a infeção passa, o vírus torna-se inativo, mas pode ser reativado dentro do corpo do paciente.

Os sintomas e os tratamentos

Nos casos em que os sintomas se manifestam, podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças respiratórias, sendo muitas vezes preciso um exame sorológico para se verificar a presença de anticorpos e fazer-se um diagnóstico conclusivo.

Os sintomas incluem tosse, dores ao engolir, febre, falta de apetite, amigdalite, fadiga, irritação na pele, inchaço nos gânglios linfáticos ou dores nas articulações.

De acordo com a especialista Vanessa Radonsky, ouvida pela CNN Brasil, a doença é “normalmente benigna, autolimitada” e cura-se sem tratamento em poucas semanas. No entanto, há casos em que os pacientes sofrem com um estado de fadiga prolongado e precisam de vários meses para voltarem ao normal.

Não existe um tratamento específico contra o vírus. No entanto, os sintomas podem ser aliviados com o uso de corticoides que ajudam a libertar as vias respiratórias e a diminuir o risco de hemorragias ou anemia hemolítica.

Relação com a esclerose múltipla

A maioria das situações não é grave, mas há “raros casos” em que o vírus está associado com o desenvolvimento de esclerose múltipla mais tarde, segundo Vanessa Radonsky. Há ainda uma correlação entre o linfoma de Hodgkin e o vírus.

Um estudo da Universidade de Harvard publicado em janeiro descobriu que a relação entre o vírus Epstein-Barr e a esclerose múltipla é ainda mais forte do que se pensava. As pessoas que contraem mononucleose infeciosa no início da idade adulta têm um risco 32 vezes maior de desenvolverem esclerose múltipla.

ZAP //

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2 Comments

  1. Esta promotora da pedofilia, induzindo crianças a sexualizarem-se, acaba por apanhar um virus com o nome do grande pedófilo dos ultimos tempos – Epstein. Caricato, não?
    E cuidado que muitas mais DSTs andam por aí… protejam-se!

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