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A população espanhola colocou cartazes nas ruas a alertar para a presença de “Manolo”
O criminoso, conhecido como Manolo, já tinha cumprido 34 anos de prisão em Espanha por ter matado um casal e violado uma mulher.
Manuel Martínez Quintas, conhecido por ‘Manolo’ ou ‘El Quintas’, de 73 anos, agora detido em Portugal após tentar violar e balear duas jovens, de 17 e 22 anos num parque de campismo ilegal em Castelo de Vide, já era um criminoso conhecido em Espanha.
O ex-militar, com um histórico de homicídio e violações, fugiu para Portugal em 2019, após cumprir penas na Corunha e Zamora, onde tinha assassinado um casal de namorados e violado três mulheres, cumprindo 34 anos de prisão ao todo. Foi condeado a 76 anos de prisão pela morte do casal, mas cumpriu apenas 13 devido ao bom comportamento na cadeira, revela o Correio da Manhã.
Um mês depois de sair em liberdade, violou uma mulher em Zamora que estava a tomar banhos de sol junto ao rio. Foi novamente preso em 1996 e foi libertado em 2017, ficando impedido de regressar a Zamora durante cinco anos.
Quando ‘Manolo’ foi viver para a Corunha, começou a ser alvo de publicações nas redes sociais e foram espalhados cartazes nas ruas a avisar da sua presença, o que terá motivado a sua vinda para Portugal.
Viveu nos últimos cinco anos em condições precárias numa autocaravana perto da barragem de Póvoa e Meadas, em Castelo de Vide, mantendo-se discreto e isolado. As autoridades portuguesas, em constante troca de informações com as espanholas, sabiam da sua presença, mas sem qualquer crime cometido em Portugal, limitaram-se a vigiá-lo.
Na terça-feira, o comportamento violento de ‘Manolo’ emergiu novamente quando atacou as duas jovens, o que levou à sua rápida detenção. A Polícia Judiciária, num esforço conjunto de várias subunidades, conseguiu reunir as provas necessárias em pouco mais de 24 horas para sustentar a acusação. Após a sua detenção, ‘Manolo’ foi levado para o Estabelecimento Prisional de Elvas, uma prisão de alta segurança, onde aguardará a transferência para Lisboa, onde permanecerá sob maior vigilância enquanto espera a acusação.
