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Vinte novas gravuras paleolíticas descobertas no Vale do Côa

(dr) Fundação Côa Parque

Gravuras rupestres de Foz Côa

Vinte novas gravuras do Paleolítico Superior foram descobertas nos últimos dias no Parque Arqueológico português do Vale do Côa, que desde 1998 é Património da Humanidade.

O arqueólogo português Mário Reis assegurou à agência EFE que se trata de gravuras sobre pedras, nas quais estão representados diferentes animais. Foram todas encontradas na margem esquerda do rio Côa, e terão aproximadamente 20.000 anos.

Segundo Mário Reis, as novas gravuras descobertas respondem a “representações de cabras, cervos e auroques“.

O Parque Arqueológico do Vale do Côa, situado em Vila Nova de Foz Côa, junto à fronteira com a zona espanhola do Parque Natural Arribes do Duero, tem uma extensão de 20.000 hectares e 200 quilómetros quadrados.

Segundo adiantou o arqueólogo, as novas gravuras localizadas estão no concelho de Quinta da Barca Sul, um dos enclaves nos que já estavam identificadas outras gravuras. Um dos painéis descobertos que mais surpreendeu as arqueólogas foi picotado sobre uma pedra na qual se observam algumas cabras.

Segundo o presidente da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro, neste jazigo, que foi descoberto em 1994, estão identificadas um total de 1.293 pedras com gravuras paleolíticas.

O Parque Arqueológico do Vale do Côa é considerado como um dos mais importantes sítios de arte rupestre do mundo, e é o mais importante sítio com arte rupestre paleolítica de ar livre. Há cinco dezenas de núcleos de arte identificados ao longo dos últimos 17 quilómetros do Rio Côa, até à sua confluência com o Douro.

Estes núcleos apresentam Paleogravuras de Arte rupestre, datadas na sua maioria do Paleolítico superior, mas o vale guardou também exemplos de pinturas e gravuras do Neolítico e Calcolítico, gravuras da Idade do Ferro e dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, altura em que os moleiros, os últimos gravadores do Côa, abandonaram o fundo do vale.”

ZAP // EFE

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