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Vieira limpa dívida de 160 milhões ao Novo Banco com ações de empresa falida

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Tiago Petinga / Lusa

Luís Filipe Vieira

Luís Filipe Vieira e o Novo Banco estão a ultimar o acordo para a entrega das acções da empresa Promovalor, que está em falência técnica, para pagar a dívida de 160 milhões de euros em Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC). Só falta decidir a data.

As negociações entre Vieira e o Novo Banco com vista ao pagamento de 160 milhões de euros que o grupo imobiliário de Vieira deixou em dívida no Novo Banco têm sido difíceis. Mas parecem, agora, estar perto de um desfecho.

As dívidas em VMOC vão ser pagas com as acções da Promovalor que serão entregues ao Novo Banco até 31 de Dezembro deste ano ou em Setembro de 2023, conforme avança o Correio da Manhã (CM).

A entrega das acções da Promovalor “liquida ou apaga” a dívida de 160 milhões de euros do grupo económico de Vieira, como aponta o mesmo jornal.

O Novo Banco tem que aceitar esta solução porque está prevista no contrato do crédito concedido pelo BES, em 2011, segundo refere ainda o CM.

A Promovalor está em situação de falência técnica, com capitais próprios negativos de 200 milhões de euros. E Vieira já disse que não tem dinheiro para pagar os 160 milhões em dívida.

O pagamento dos VMOC deveria ter sido feito no final de Agosto deste ano. Como não foi feito, a entrega das acções da Promovalor ao Novo Banco deveria ter ocorrido a 30 de Setembro passado. Mas, nessa altura, a entidade propôs que a entrega fosse adiada por dois anos, ou seja, até Setembro de 2023.

“Para aceitar esta proposta, Vieira colocou condições que terão bloqueado as negociações”, aponta o CM.

Só nos últimos dias é que o impasse foi “desbloqueado” com Vieira e o Novo Banco a “concordaram prolongar as negociações até 31 de Dezembro deste ano, para tentarem chegar a um acordo”, frisa ainda o mesmo jornal.

O atraso num entendimento levará a que os VMOC sejam contabilizados nas contas do Novo Banco deste ano, o que terá um impacto negativo no capital e nos resultados da entidade bancária.

Mas se o prazo de vencimento dos VMOC for prolongado até 2023, o Novo Banco “ganha tempo para diluir as perdas“, conclui o CM.

ZAP //

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