Vice-Presidente da Argentina condenada a seis anos de prisão

(dr) Presidência da Argentina

Cristina Kirchner, vice-Presidente da Argentina (dir)

A vice-Presidente da Argentina foi condenada na terça-feira a seis anos de prisão, após ser considerada chefe de uma organização criminosa que desviava dinheiro do Estado entre 2007 e 2015, período em que esteve à frente do país.

A partir de agora, relata o DW, haverá uma série de recursos até à decisão final, que poderá ocorrer durante as eleições presidenciais de 2023.

Kirchner e mais 12 pessoas era acusada de adjudicação ilegal de contratos de obras públicas na província de Santa Cruz durante os seus dois mandatos.

O ministério Público argentino tinha pedido uma pena de 12 anos de prisão, por Kirchner chefiar uma “associação criminosa” e fraude e ainda inabilitação para exercer cargos públicos.

Antes da sentença, a vice-Presidente disse que continuará na política. Em tribunal, acusou os juízes de terem “inventado e distorcido” a suas ações.

Os advogados de defesa afirmam que não existem provas para condenar Kirchner, mas que “o juízo será político e é claro que haverá uma condenação”.

Na segunda-feira, um dia antes do julgamento, o Presidente argentino, Alberto Fernández, ordenou a abertura de uma investigação sobre uma suposta viagem secreta que teria sido feita por um grupo de promotores, empresários dos media e juízes, incluindo Julián Ercolini, que conduziu o processo contra a vice.

O pedido foi feito após a revelação de mensagens nas quais membros do grupo supostamente combinavam estratégias para esconder a viagem, que, de acordo com o Página 12, terá ocorrido a 13 de outubro, ao Lago Escondido. O grupo terá voado num avião particular e ficado na casa de campo do britânico Joe Lewis.

A comunicação social revelou ainda uma série de mensagens nas quais foram discutidos meios de ocultar a origem do financiamento da viagem. Alguns terão proposto a apresentação de faturas falsas e montagens de fotografias.

A 01 de setembro, Kirchner sofreu um atentado ao chegar a casa, em Buenos Aires. O brasileiro Fernando Sbag Montiel tentou disparar uma arma a poucos centímetros do rosto da vice-Presidente, tendo sido preso. O mesmo, juntamente com a namorada, foi acusado de tentativa de homicídio.

ZAP //

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