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Vice de Angola nega ter corrompido procurador Orlando Figueira

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U.S. Department of State / Wikimedia

Manuel Vicente, vice-presidente de Angola

Manuel Vicente, vice-presidente de Angola

O vice-presidente angolano negou esta quarta-feira ter corrompido o ex-procurador Orlando Figueira e diz estar disponível para qualquer esclarecimento.

Num comunicado enviado às redações, o vice angolano, Manuel Vicente, quebrou finalmente o silêncio e diz que as últimas notícias veiculadas pela comunicação social não são verdade.

“Os relatos apresentados por diversos órgãos de comunicação a meu respeito, para além de não correspon­derem à verdade, atentam gravemente contra o meu bom nome, a minha honra, imagem e reputação”, pode ler-se na nota, citada pelo Expresso.

O vice-presidente de Angola começa por falar do ex-procurador Orlando Figueira, que está preso preventivamente desde a semana passada, e o qual nega ter corrompido.

“Na verdade, sou completamente alheio, nomeadamente, à contratação de um magistrado do Ministério Público português para funções no sector privado, bem como a qualquer pagamento de que se diz ter beneficiado, conforme relatos da comunicação social, alegadamente por uma sociedade com a qual eu não tinha nenhuma espécie de relação, e que não era nem nunca foi subsidiária da Sonangol”, continua.

Relativamente ao processo arquivado pelo ex-procurador, por causa de um apartamento de luxo em Cascais, o “vice” refere que, pelo que sabe, foi apenas uma “simples averiguação de origem de fundos, relativos à compra de um imóvel”.

“Confiei a minha representação a um advogado, o qual apresentou comprovação cabal da origem lícita dos fundos, com o que o processo não poderia deixar de ter sido arquivado — comprovação essa que, se necessário, poderá ser renovada”.

Orlando Figueira é suspeito de ter recebido luvas do vice-presidente angolano para arquivar esse processo no qual já era suspeito de branqueamento de capitais.

Manuel Vicente acaba por dizer que o envolvimento do seu nome nesta investigação “não tem qualquer fundamento” mas que está, no entanto, “totalmente disponível para o esclarecimento dos factos”.

Além do ex-procurador, o advogado que o representou nesse caso, Paulo Amaral Blanco, também foi constituído arguido no âmbito da investigação.

Segundo o semanário, esta é a primeira vez na história do DCIAP que um dos seus elementos é alvo de um processo-crime, assim como um membro do governo angolano.

ZAP

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