Víbora-preta à solta num quintal em Melgaço

(dr) João Oliveira

O fotógrafo João Oliveira encontrou uma víbora-preta no seu quintal, em Melgaço. A serpente é uma das duas espécies potencialmente perigosas em Portugal.

Foi mesmo no seu quintal que o fotógrafo João Oliveira encontrou uma víbora-preta, ou víbora-de-Seoane — uma das oito espécies de serpente que habitam o Parque Nacional da Peneda-Gerês.

E o fotógrafo não ganhou para o susto, relata o jornal O Minho, depois de se ter apercebido de que esta é uma das duas espécies potencialmente perigosas que podem ser encontradas em Portugal.

Em declarações ao jornal minhoto, João Oliveira, especializado no registo em fotografia e vídeo da biodiversidade do Minho, conta que o animal foi acossado pelo cão da família e se enroscou de forma ameaçadora numa aveleira, no seu quintal, em Lamas de Mouro.

Recorrendo ao equipamento que tinha à mão, o fotógrafo conseguiu captar várias imagens da serpente, que entretanto seguiu o seu caminho em liberdade.

Nascido em Natal, no Brasil, João Oliveira é fotógrafo, curador e professor de fotografia, tendo recebido prémios nas suas participações em festivais de fotografia como o “V Fórum Latino-americano de Fotografia / Itaú Cultural” e “Foto em Pauta – Festival de Fotografia de Tiradentes”.

O fotógrafo conta que chegou a pensar tocar na serpente, mas que não o fez — uma decisão afortunada, uma vez que esta é uma das quatro serpentes venenosas em Portugal — e uma das duas que representam perigo para o ser humano, explicou em maio o biólogo Pedro Alves em entrevista ao mesmo jornal.

A víbora-de-Seoane, popularmente conhecida como víbora-preta ou víbora do Gerês, é uma espécie de serpente da família Viperidae.

A espécie, endémica do norte da Península Ibérica e do extremo Sudoeste de França, atinge 50 a 60 cm de comprimento. É essencialmente diurna, podendo ser nocturna nos meses quentes.

O seu veneno pode causar edema, eritema, taquicardia, hipotensão, vómitos e convulsões. Alimenta-se de micromamíferos, lagartos, anfíbios e aves.

Quem for mordido acidentalmente por uma destas serpentes deve dirigir-se de imediato a um hospital, não sendo aconselhado o uso de garrote, chupar o veneno “ou qualquer outra coisa que se vê tipicamente nos filmes de Hollywood”, explicou Pedro Alves a O Minho.

Essas soluções apenas irão piorar a situação”, garante o biólogo.

ZAP //

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