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Viana do Castelo é o único distrito a Norte com aumento de novos casos de covid-19

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O distrito de Viana do Castelo foi o único a Norte que, entre a segunda e terceira semana do mês, registou um aumento de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, segundo o relatório da Administração Regional de Saúde.

O relatório da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), a que a Lusa teve hoje acesso, reporta a evolução da situação epidemiológica entre a segunda e terceira semana de dezembro. Dos seis distritos abrangidos pela ARS-N, Viana do Castelo foi o único com um aumento de novos casos de infeção, sendo que a subida foi de 43%.

Entre os dez concelhos que compõe o distrito, quatro mais do que duplicaram o número de novos casos: Ponte da Barca (mais 160% de novas infeções), Caminha (137%), Arcos de Valdevez (136%) e Vila Nova de Cerveira (100%).

Neste distrito, apenas Ponte de Lima e Valença contrariaram a tendência de crescimento de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, que provoca a covid-19. No distrito de Aveiro [onde a ARS-N abrange sete concelhos], o decréscimo foi de 4%, tendo passado de 1.040 novas infeções na segunda semana de dezembro para 1.002 na terceira.

O distrito de Braga registou um decréscimo de 1% de novos casos de infeção (passando de 3.413 para 3.369), bem como o distrito de Vila Real, que passou de 953 novas infeções na segunda semana de dezembro para 939 na terceira.

O decréscimo registado no distrito do Porto fixou-se nos 5%, com o número de novas infeções a passar de 5.527 para 5.275 entre as duas semanas. Já o distrito de Bragança foi o que registou a maior diminuição de novos casos do novo coronavírus, com a mesma a fixar-se nos 15% (passando de 354 para 300 novos casos).

Segundo o relatório da ARS-N, o concelho de Vimioso é o que apresenta a maior taxa de incidência a Norte, com 3.181 novos casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias.

A Vimioso sucedem os municípios de Tabuaço, Armamar, Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Esposende, Trofa, Bragança, Póvoa de Lanhoso, Alfandega da Fé e Montalegre. Nestes dez concelhos, a taxa de incidência é superior a 1.000 novos casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias, sendo que a média da região Norte se fixa agora nos 677.

Mais cinco concelhos com risco extremo

Há mais cinco concelhos, num total de 30, cuja taxa de incidência de casos acumulados de infeção foi superior a 960 casos por 100 mil habitantes, entre 4 e 17 de dezembro.

Os últimos dados esta segunda-feira divulgados no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a taxa de incidência de casos acumulados entre 4 e 17 de dezembro por concelhos indicam que subiu de 25 para 30 o número de concelhos em risco extremo, nos quais foram registados mais de 960 casos de infeção por 100 mil habitantes.

Entre os concelhos mais fustigados pelo número de infeções pelo novo coronavírus está o Vimioso, com 2.908 casos por 100 mil habitantes, seguido de Marvão com 2.862/100 mil habitantes e Castelo de Vide com 2.364 infeções/100 mil habitantes.

Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.

No extremo oposto da contabilização de casos de infeção pelo Sars-Cov-2 estão 52 concelhos, nos quais foram registados menos de 119 ocorrências por 100 mil habitantes.

O Presidente da República renovou no dia 17 o estado de emergência por mais 15 dias, até 7 de janeiro, e pediu aos portugueses bom senso na celebração do Natal. No mesmo dia o Governo determinou que na noite de passagem de ano haverá recolher obrigatório a partir das 23:00 e nos dias 1, 2 e 3 de janeiro a partir das 13:00.

A proibição de circulação na via pública vigorará a partir das 23:00 na noite de passagem do ano e a partir das 13:00 nos dias 1, 2 e 3 de janeiro.

As medidas aplicam-se a todos os concelhos de Portugal continental.

Portugal contabiliza hoje mais 57 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.099 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

ZAP // Lusa

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