Chama-se Addyi, é o primeiro comprimido que se propõe a solucionar a falta de desejo sexual em mulheres que estejam na pré-menopausa e já foi aprovado nos EUA.
Aprovado esta terça feira pela Agência para a Alimentação e Medicamentos (FDA) norte-americana, o chamado “Viagra” feminino destina-se a aumentar o libido das mulheres, sobretudo daquelas que se encontram na pré-menopausa.
Depois de ter sido rejeitado pela FDA em 2010 e 2013, o Addyi entra agora no mercado, depois das recomendações de um comité consultivo de peritos.
Em comunicado oficial, a FDA afirma que as mulheres que experimentaram Addyi, nome comercial para flibanserin, notaram efeitos positivos.
Em média, as mulheres que tomaram o medicamento relataram 4,4 encontros sexuais satisfatórios por mês, contra 3,7 das que tomaram um placebo (medicamento ministrado com fins sugestivos).
Porém, o medicamento pode ter efeitos secundários significativos, entre eles náuseas, tonturas, desmaios, sonolência e tensão arterial baixa.
O plano de segurança elaborado pela autoridade americana dita ainda que o medicamento só pode ser prescrito pelos médicos depois de um processo de certificação online que requer aconselhamento aos pacientes sobre os riscos do mesmo.
A FDA acrescenta ainda que a toma diária deve ser interrompida caso não haja efeitos positivos no prazo de oito semanas.
Enquanto que o comprimido masculino age ao nível da circulação sanguínea no pénis e nas zonas adjacentes, o “Viagra” feminino é o primeiro a atuar diretamente no cérebro e tem como alvo os neurotransmissores que atuam na sensação de recompensa e prazer e nos que influenciam o humor.
Produzido pela Sprout Pharmaceuticals, deverá estar à venda nas farmácias americanas a partir de outubro.
Ainda não há previsão para a entrada no mercado europeu.
ZAP / Lusa
Apenas líbido ou relações conforme posologia ?