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“Vai ser um verão negro”. Depois da suspensão das aulas, o Algarve poderá ser alvo de novas medidas

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O verão já chegou, mas o cenário não é o mais animador no sul do país. Com o aumento de casos, a região do Algarve decidiu suspender as aulas presenciais ainda em curso, mas prevê-se que mais medidas sejam tomadas. A situação pode afastar os turistas.

A decisão da autoridade regional de saúde do Algarve de suspender as aulas presenciais ainda em curso, no 1.º e 2.º ciclos, a partir desta segunda-feira e até ao final do ano letivo, em cinco concelhos, foi apresentada como uma medida de “precaução”, na região com a maior taxa de transmissibilidade (Rt) do país: 1,3.

No entanto, teme-se que mais restrições venham a caminho. “Vai ser um Verão negro, muito pior do que no ano passado”, considera o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, em declarações ao Público.

Os dados da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve dão conta de “816 casos confirmados ativos de covid-19” na região e uma taxa de incidência a 14 dias por cem mil habitantes de 583 em Albufeira, 329 em Faro, 448 em Loulé, 403 em Olhão e 326 em São Brás de Alportel.

Ana Cristina Guerreiro, delegada de saúde da região, esclarece que, por enquanto, a autoridade de saúde do Algarve não vai avançar com outras restrições, embora admita que este organismo está “aberto a todo o tipo de medidas”, embora com a preocupação “de ter o mínimo impacto possível na economia”.

A decisão de suspender o ensino presencial foi já criticada pelos deputados do PSD eleitos pelo Algarve que, em comunicado, criticaram o que dizem ser uma decisão “reveladora de uma intolerável e gritante falta de respeito pelos pais”.

Já o autarca de Albufeira, José Carlos Rolo, disse confiar na decisão da Autoridade de Saúde. “Pelo que tem acontecido, penso que é provavelmente uma decisão justificada e sustentada nos números de infeção que têm aparecido nestes concelhos. Todos os dias temos duas, três crianças, algumas do 1.º ciclo outras até do pré-escolar, infetadas”, afirma.

Rogério Bacalhau é mais pessimista e acredita que “o panorama não é positivo no turismo, os números de casos têm vindo a aumentar e, provavelmente, na próxima semana vamos ter de reduzir os horários com um prejuízo enorme para a economia. Vai ser um Verão negro, muito pior do que no ano passado”, constata.

ZAP //

1 Comment

  1. Não tenho pena nenhuma
    É o que dá pôr os ovos todos no mesmo cesto .
    Devido a autarcas manhosos e corruptos e governos de igual índole, desde que o Algarve “descobriu” o turismo, toda a região foi na mesma onda , construir construir construir , casas, mais e mais casas, hotéis, aldeamentos e por aí fora e destruíram tudo o que era a essência da economia tradicional e patrimonial, descaracterizando pessoas , património e paisagem.
    Na busca do dinheiro fácil em tudo , até na fuga aos impostos .a grande maioria das pessoas largaram tudo na busca de uma migalha no “el dourado ” . Hoje é o vírus, amanhã, já hoje , será a falta de água , as alterações climáticas etc etc . Deve ser já tarde para se corrigir os erros do passado .

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