Chega: Ventura não podia estar no hospital “ao lado de um cigano”

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Chega / Flickr

Líder Parlamentar do Chega, Pedro Pinto

Explicação de Pedro Pinto sobre o tratamento especial no hospital de Faro. Líder deve voltar à campanha nesta quinta-feira.

Pedro Pinto disse que André Ventura está em recuperação e que regressará à campanha hoje, quinta-feira, frisando que ao manter a agenda sem o presidente prova o partido prova que “é equilibrado” e “com futuro”.

“Está em recuperação, em descanso, está a seguir os conselhos dos médicos, que pediram para descansar durante o dia de hoje (quarta-feira). Em princípio amanhã (quinta-feira) retomará a agenda. Foi uma noite difícil, foi submetido a uma série de exames”, revelou o líder parlamentar do Chega, indicando que a campanha do partido não vai sofrer alterações até amanhã, sexta-feira.

O também cabeça de lista pelo círculo de Faro falava aos jornalistas durante uma arruada em Vila Nova de Milfontes, no distrito de Beja, que se realizou sem a presença de André Ventura, que se sentiu mal na terça-feira durante um comício em Tavira e teve que passar a noite no hospital de Faro.

O líder parlamentar do Chega disse também que o Chega manteve a agenda sem a presença de André Ventura porque o presidente do partido manifestou a vontade que “se continuasse com as ações de campanhas”.

“O Chega, ao contrário do que muitos querem fazer passar, não é só a cara e o rosto do André Ventura, é um partido equilibrado e com futuro”, disse.

No entanto, não terá corrido muito bem a ideia de mostrar que o Chega não é um partido de um homem só. A SIC Notícias relata que o entusiasmo nas ruas de Vila Nova de Milfontes só era criado pelos próprios elementos do Chega.

Sobre o “procedimento VIP” acionado pelo Hospital de Faro, que permitiu a André Ventura passar a noite num quarto individual, Pedro Pinto lembrou que o presidente do Chega “é um líder político especial porque é ameaçado e atacado nas ruas” e ” é o líder de um partido que é a terceira força política em Portugal”.

Não podem querer que André Ventura vá para uma cama onde ao lado está uma pessoa de etnia cigana”, comentou.

O deputado também alegou que “houve pessoas a tentar entrar” no Hospital de Faro, supostamente para atacar Ventura – mas a polícia e o próprio hospital já asseguraram que não houve qualquer incidente de segurança ao longo dessa noite de terça-feira.

Questionado sobre o atendimento dado a André Ventura no hospital, que foi aquele que o partido tinha criticado no final de março quando o primeiro-ministro foi hospitalizado em Santa Maria, o cabeça de lista por Faro disse: “André Ventura entrou [no hospital] numa ambulância do INEM e não pelos próprios meios como o primeiro-ministro, e isso faz toda a diferença”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Cada vez mais o Chega me parece um partido formado por ciganos, a começar pelo Ventura e pelo Pinto. Têm cá uma pinta…

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