O descarrilamento do comboio de Santiago de Compostela, que causou 80 mortos e 147 feridos a 24 de julho do ano passado, deveu-se à velocidade da composição e à distração do maquinista, de acordo com a comissão que investigou o acidente.
Esta é uma das principais conclusões da Comissão de Investigação de Acidentes Ferroviários (CIAF), órgão ligado ao Ministério do Fomento, divulgada esta quarta-feira. O comboio circulava a 179 km/h na curva de Angrois, onde o limite de velocidade é de 80, pelo que o maquinista não respeitou o previsto no livro do comboio e no quadro de velocidades.
Além da velocidade, a comissão considera ser uma causa adicional a falta de atenção do maquinista, que não usou o travão de forma adequada para reduzir a velocidade antes da entrada na curva.
O acidente ocorreu quando o comboio de alta velocidade, que fazia a ligação entre Madrid e Ferrol com quase 250 passageiros a bordo, descarrilou a três quilómetros de Santiago de Compostela, deixando 80 mortos.
/Lusa