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Estudo defende que a sabedoria não se desenvolve automaticamente apenas através do envelhecimento ou do acumular de experiências de vida. É preciso algo mais.
Uma psicóloga quis analisar a ligação entre o envelhecimento e a sabedoria, desafiando a crença amplamente difundida de que a sabedoria vem naturalmente com a idade.
O estudo liderado por Judith Glück, psicóloga na Universidade de Klagenfurt, indica que a relação entre a sabedoria e a idade cronológica é fraca, contradizendo o estereótipo do ancião sábio frequentemente retratado na cultura popular.
A análise defende que a sabedoria não se desenvolve automaticamente apenas através do envelhecimento ou do acumular de experiências de vida.
O caminho para a sabedoria é complexo e não está linearmente relacionado com a idade; a sabedoria envolve mais do que apenas vivenciar a vida – requer uma reflexão mais profunda sobre essas experiências.
Um dos aspectos críticos da sabedoria identificados no estudo é a compaixão, que envolve a empatia com os outros, especialmente aqueles que sofrem. Este entendimento emocional é crucial para tomar decisões sábias, reforça o portal Earth.com.
Outro elemento importante é a autotranscendência: ir além de pontos de vista centrados no eu para abraçar uma perspectiva mais ampla sobre a vida; expansão de limites pessoais, podendo passar por experiências espirituais. Esta mudança permite que os indivíduos se conectem mais profundamente com o mundo.
O estudo também discute o papel da sabedoria na navegação pelos desafios da vida, especialmente os que são enfrentados na velhice – como a solidão.
A sabedoria, enraizada na empatia e no profundo entendimento, é um activo valioso durante tempos difíceis. Mas o estudo sugere que a sabedoria não é garantida com o aumentar da idade.
Alguns componentes da sabedoria, como a capacidade de entender problemas complexos e gerir emoções em situações de stress, podem diminuir.
A investigação também avisa que não existe um padrão universal para o desenvolvimento da sabedoria: depende de uma combinação de experiências de vida individuais e recursos pessoais e interpessoais.
A experiência de vida estabelece uma base para a sabedoria, mas não é certo que indivíduos mais velhos sejam mais sábios, nem que todos os indivíduos sábios sejam mais velhos.
