Velho e Falcão agudizam crise da águia

Miguel A. Lopes / Lusa

STOP ao campeão. O Farense travou o Benfica na visita desta 13.ª jornada do campeonato.

Ao contrário do que referiu Roger Schmidt, as “águias” não estão bem e atravessam uma crise de confiança e exibicional.

Não obstante terem sido amplamente mais perigosos que o opositor, desperdiçaram inúmeras ocasiões de golo e viram os “leões” de Faro abrir a contagem por intermédio de Cláudio Falcão no início da segunda parte.

O “perdulário” Rafa ainda restabeleceu a igualdade, mas não impediu o segundo empate consecutivo na prova, que poderá deixar o Sporting distanciar-se ainda mais na liderança e deixar fugir a vice-liderança para o FC Porto, que nesta jornada vai defrontar o Casa Pia.

O Braga, adversário na próxima ronda, está a apenas um ponto.

Por sua vez, a equipa de José Mota, que teve em Ricardo Velho – teve nota máxima – um muro na baliza, somou o terceiro jogo seguido fora de casa sem perder e ocupa o sétimo posto com 17 pontos.

Um hino à ineficácia. Foram uns primeiros 48 minutos de amplo domínio do Benfica, que se apresentou a um bom nível, contrastando com o que tem realizado até ao momento nesta temporada.

Os comandados de Roger Schmidt entraram com o turbo ligado, asfixiaram o Farense e construíram inúmeras ocasiões claras de golo, mas voltaram a pecar no momento da finalização, com Rafa a emergir neste aspecto.

O avançado luso desperdiçou três ocasiões flagrantes em seis tentativas, os campeões nacionais acabaram a primeira parte com 17 remates – Golos Esperados (xG) de 2,0.

Paulatinamente, o emblema de Faro, equipa de processos simples e contundentes, foi ganhando asas em termos ofensivos, e Mattheus Oliveira (16′ e 19′) e Marco Matias (39’) criaram muito perigo.

Ricardo Velho era, com um GoalPoint Rating de 8.4, o melhor neste período, fruto de oito defesas, Ao todo, evitou 2,2 golos (defesas – xSaves).

O Benfica continuou ineficaz, com Rafa à cabeça, e o Farense foi felino e marcou na sequência de um canto cobrado por Mattheus Oliveira, a bola desviou em Otamendi, Cláudio Falcão antecipou-se a António Silva e finalizou a preceito para inaugurar o marcador.

Os “encarnados” tentaram reagir, os visitantes respondiam sempre que tinham espaço para contra-atacar.

As 64 minutos, o estádio da Luz irrompeu em assobios quando Roger Schmidt tirou de cena Casper Tengstedt e João Neves e promoveu as entradas de Musa e Gonçalo Guedes, com João Mário a passar a actuar na zona central do meio-campo. A saída de Neves esteve na génese desta insatisfação.

Precisamente 20 minutos após ter sofrido, Rafa finalmente encontrou o caminho das redes e empatou, a seguir Ricardo Velho voltou a aparecer com uma série de intervenções que mantiveram o nulo e agudizaram a crise de resultados dos benfiquistas.

Melhor em Campo

É caso para escrevermos “mamma mia”, Velho. Exibição de sonho do guarda-redes dos algarvios que foi brilhante na Luz com intervenções para todos os gostos e feitios. Culminou o encontro com 13 defesas, novo máximo desta Liga, nove a remates na sua grande área e sete a disparos a menos de oito metros de distância.

No computo geral negou 2,7 golos (defesas – xSaves). Por tudo isto, deveras assinalável, o guardião foi o MVP com um extraordinário GoalPoint Rating de 10.0. Nota máxima!

Resumo

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