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Vapor de água aumenta hipóteses de existência de vida em lua de Júpiter

Vapor de água em Europa (foto: K. Retherford / Southwest Research Institute)

Vapor de água em Europa (foto: K. Retherford / Southwest Research Institute)

Imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble mostram o que parecem ser jactos de vapor de água a jorrar de Europa, uma lua do planeta Júpiter, o que poderia indicar condições para a existência de vida no satélite.

Em estudo publicado na Science, investigadores dizem ter identificado bolsas de oxigénio e hidrogénio no pólo sul de Europa, um dos 64 satélites de Júpiter e a 6ª maior lua do sistema solar.

De acordo com o estudo, a cada segundo 7 toneladas de material gasoso é ejectado da superfície da lua. Segundo Kurt Retherford, investigador do Southwest Research Institute, do Texas, “esta quantidade de material continuamente expelida é simplesmente espantosa”.

As descobertas foram divulgadas durante a reunião anual da AGU, a União Geofísica Americana, em São Francisco, nos Estados Unidos. Os cientistas responsáveis pela pesquisa destacaram que a exploração de Europa deveria tornar-se uma prioridade na exploração espacial.

Os astrónomos não têm ainda a certeza, no entanto, da existência dos jactos de vapor de água, que, se confirmados, poderiam alimentar a esperança da existência de um oceano subterrâneo na superfície da lua.

Se as previsões dos especialistas estiverem correctas, Europa tornar-se-ia a segunda lua do sistema solar a apresentar jactos de vapor de água.

“A explicação mais simples é a de que o vapor de água emergiu do subsolo de Europa”, afirmou à BBC o cientista Lorenz Roth, também do Southwest Research Institute, responsável pela investigação.

“A descoberta significa que futuramente poderemos investigar directamente a composição química do ambiente potencialmente habitável de Europa sem ter que perfurar as camadas de gelo.”

A próxima missão a Júpiter e às suas luas (são 64 ao todo), localizadas a 800 milhões de quilómetros do Sol, está prevista para 2022.

“As descobertas são muito promissoras. Essas colunas de água podem estar a levar material do oceano. Talvez haja até moléculas orgânicas na superfície de Europa”, afirmou James Green, director do Departamento de Ciência Planetária da Nasa, a agência espacial americana.

ZAP / BBC

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