Valls candidato do partido de Macron nas legislativas. “PS está morto”

5

Webstern Socialiste / Flickr

Manuel Valls, primeiro-ministro da França

Manuel Valls, primeiro-ministro da França

O ex-primeiro-ministro socialista francês anunciou, esta terça-feira, que vai ser candidato às legislativas de junho pelo novo partido do presidente eleito, Emmanuel Macron, sublinhando que o Partido Socialista “não tem futuro”.

“Os velhos partidos estão a morrer ou estão mortos”, afirmou Manuel Valls numa entrevista à estação de rádio da cadeia RTL. “Este Partido Socialista está morto. Ficou para trás, não representa a sua história e os seus valores”, disse ainda.

O ex-primeiro ministro acrescentou que vai ser “candidato da maioria presidencial”, através do “La République en Marche”, o novo partido recentemente constituído por Macron, que serviu de base política às presidenciais do passado domingo e que inicialmente se chamava apenas “En Marche”.

Emmanuel Macron, um candidato centrista, venceu no domingo a segunda volta das presidenciais francesas, com 66,1% dos votos, derrotando a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen (33,9%). De acordo com as sondagens, a abstenção ter-se-á situado nos 25,3%, a maior taxa numa segunda volta em eleições presidenciais desde 1969.

O jovem político, de 39 anos, tornou-se o presidente mais jovem da história de França desde Luis Napoleão Bonaparte (1848-1852), sobrinho de Napoleão Bonaparte, presidente aos 40 anos de idade.

No discurso da vitória, o novo chefe de Estado pediu votos nas legislativas, que se realizam em junho, para construir uma maioria verdadeira e forte, a maioria da mudança que o país aspira.

O presidente francês, François Hollande, anunciou esta segunda-feira que a tomada de posse do presidente eleito se realiza no domingo.

O seu programa é de inspiração social-liberal, prometendo reconciliar “liberdade e proteção”, reformar o subsídio de desemprego, criar apoios para os jovens de bairros desfavorecidos e “olhar para a classe média”, “esquecida pela direita e pela esquerda”.

O seu discurso, politicamente transversal, agrada sobretudo aos jovens urbanos e aos empresários, mas não é popular junto das classes populares, sobretudo rurais, pela globalização que defende.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Como o PS francês está morto alguns agora como este senhor e o próprio Macron tentam-se refugiar num novo partido para salvar a pele como políticos, por cá vejo por aí muita gente calada acerca do assunto que costumam vir logo à baila a fazer comparações quando a coisa lhes corre ao jeito.

  2. Tem toda a razão, mudam o nome do partido, mas como não podem perder o tacho, porque não sabem fazer mais nada, as pessoas são as mesmas, a incompetência mantem-se.
    Uiii se fosse um partido mais à direita a fazer o que estes fazem o que não faltaria, já era abertura de tele jornais…. enfim criou-se um sistema que só serve ao compadrio que eles criaram.
    E nós estamos a deixar… isso é que é grave

    • Portugal, como país mais atrasado da Europa, ainda tem um PS mais morto que vivo. Até ainda tem uns comunistas na Assembleia, quando pela Europa fora já foram todos varridos!!!

  3. Valls, que nas primárias levou logo no toutiço, junta-se agora a outro grupelho. Se fosse algum ps que tivesse ganho lá ia o costa beijar-lhe o anel… Outro tal como o hollande, que o soares tanto elogiou!!!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.