Vai ser possível viajar até Marte em apenas dois meses

A agência espacial norte-americana NASA está a desenvolver um sistema de propulsão que utiliza energia nuclear para gerar explosões de plasma.

A NASA está a colaborar com uma empresa de desenvolvimento tecnológico para criar um novo sistema de propulsão com o objetivo de reduzir o tempo de chegada a Marte para apenas dois meses em comparação aos 5 a 10 meses de agora.

Segundo a Space.Com, o Foguete de Plasma Pulsado (PPR) está a ser desenvolvido pela Howe Industries.

O PPR é um sistema de propulsão concebido para ser mais eficiente que os atuais métodos de propulsão do espaço profundo, permitindo que a viagem entre a Terra e o “Planeta Vermelho” seja feita em apenas dois meses.

O foguetão terá um impulso específico elevado, uma medida da eficiência com que um motor gera impulso. Esta tecnologia poderá assim permitir que os astronautas e a carga viajem de e para Marte de forma mais eficiente e rápida do que as naves espaciais existentes, de acordo com um comunicado da NASA.

Emergido a partir do conceito de Fusão por Cisão Pulsada, o PPR utiliza um sistema de energia nuclear baseado na cisão, que obtém energia a partir da divisão controlada de átomos, para gerar impulso para a propulsão de naves espaciais. Em contrapartida, o PPR é mais pequeno, mais simples e mais económico do que os conceitos anteriores.

“O PPR permite uma era totalmente nova na exploração espacial”, afirmam os astrónomos da NASA.

Para além de permitir missões de maior alcance, o PPR pode suportar naves espaciais mais pesadas, pelo que será possível instalar blindagens adicionais para reduzir a exposição da tripulação a partículas nocivas de alta energia, apelidadas de Raios Cósmicos Galácticos, suportadas durante voos espaciais de longa duração.

O estudo da Fase I centrou-se numa nave de grandes dimensões, fortemente blindada, para transportar seres humanos e carga para Marte, com vista ao desenvolvimento de uma base marciana. A Fase II basear-se-á nestas avaliações e aprofundará o conceito de PPR.

Soraia Ferreira, ZAP //

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