Há duas vacinas contra a covid-19 em desenvolvimento no nosso país. No entanto, há entraves que limitam o seu desenvolvimento.
Em março, a investigadora Teresa Summavielle estimou que o desenvolvimento de uma vacina portuguesa contra a covid-19 custaria cerca de 45 milhões de euros, sendo necessário investir mais 100 milhões numa infraestrutura para passar à fase de produção.
“Precisaríamos de cerca de 45 milhões de euros para termos uma vacina que passasse os ensaios clínicos e fosse aprovada. Para uma fase de produção em massa, precisamos de infraestruturas dedicadas”, adiantou a bioquímica do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3s), num debate promovido pelos eurodeputados do Bloco de Esquerda.
De momento, há pelo menos duas vacinas em desenvolvimento no nosso país, escreve o jornal ECO. A da Immunethep e a da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, em conjunto com a Universidade de Telavive, em Israel. A primeira destaca-se das outras por ser de administração intranasal, como alguns medicamentos para a asma.
Os dois fármacos teriam um preço semelhante ao praticado no mercado, isto é, cerca de 10 euros.
A vacina da Immunethep está a acabar a fase pré-clínica, enquanto a vacina da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa terminou agora os estudos pré-clínicos.
Para avançar para a próxima fase, Bruno Santos, CEO da Immunethep, diz que são precisos cerca de 20 milhões de euros. A investigadora da Faculdade de Farmácia, Helena Florindo, diz que para a primeira das três fases dos ensaios clínicos estima precisar de aproximadamente 3 milhões de euros, mas o valor aumenta para as dezenas de milhões nas fases seguintes.
Além disso, há um outro entrave. “Neste momento não existe qualquer capacidade para a produção da vacina em Portugal”, atira Bruno Santos, argumentando que este deve ser um esforço feito.
A Immunethep está em contacto com parceiros estrangeiros para conseguir avançar. A Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa também já iniciou contactos com empresas na Europa e nos Estados Unidos.
O problema é que esses milhões que faltam às vacinas são enterrados em companhias aéreas sem qualquer viabilidade económica. Em concreto já enterraram na TAP mais de 1.800 milhões de euros e já se fala em mais 400 milhões. Os 20 ou 40 milhões que faltam a estas vacinas seriam uma aposta bem mais racional. Mas este é o desgoverno que temos.
Engraçado! Para a banca falida existe disponibilidade de MILHÕE$ de €uros! Para a vacina portuguesa… Portugal pode ser um país pequenino em área (existem outros ainda menores), mas a sua pequenez não se mede pela sua superfície territorial mas pela pequenez das mentalidades que o têm gerido.
Bem dito, concordo com José António.
O Costa acorda