Presidente da Comissão Europeia fará acompanhar-se de Josep Borrel, chefe da diplomacia europeia, que defendeu hoje a necessidade de enviar mais armamento para a Ucrânia.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Josep Borrel, responsável diplomático máximo do bloco, vão deslocar-se amanhã a Kiev para se encontrarem com Volodymyr Zelenskyy, presidente ucraniano. O objetivo da reunião, anunciou um porta-voz, é a discussão de um novo pacote de sanções contra Moscovo, o qual deverá incluir um embargo às importações de carvão mas que Zelenskyy já classificou como insuficiente.
“Não vai ser o último pacote de sanções“, ressalvou, no entanto, o mesmo porta-voz. A visita ocorre cerca de uma semana após as primeiras imagens relativas ao massacre de Bucha terem começado a circular na internet e o mundo ter tomado conhecimento da sua dimensão e horror. Von der Leyen e Borrel não serão as primeiras personagens políticas a visitar Kiev, já que a sua deslocação acontece após a visita de Roberta Metsola, na última semana, e à dos primeiros-ministros polacos, eslovenos e checos.
Josep Borrell, insistiu hoje que a Ucrânia precisa de “mais armas, menos aplausos e de mais armas” e defendeu mais sanções contra a Rússia incluindo petróleo. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky “tem muitos apoios, mas do que realmente necessita é de mais armas, menos aplausos e de mais armas. As palavras são boas, mas o importante são as questões práticas, mais recursos, e de mais capacidade militar para resistir à agressão russa“, disse Borrell antes do início da reunião interministerial da NATO, hoje em Bruxelas.
Os representantes da União Europeia e dos Países Ásia Pacífico participam no encontro da Aliança Atlântica como entidades convidadas demonstrando, segundo Borrell, operacionalidade e coordenação face à agressão da Rússia na Ucrânia. Nesta “ação coordenada” contra a Rússia, o representante da diplomacia do bloco europeu sublinhou ser importante incrementar as sanções contra o regime do presidente russo Vladimir Putin sendo que devem também afetar as exportações de petróleo da Rússia.
Em concreto, as sanções sobre o petróleo russo não constam do quinto pacote de restrições que deve ser analisado hoje pela União Europeia. “[O petróleo russo] não está no quinto pacote de sanções que vai ser discutido hoje. Trata-se apenas de um objetivo que vai ser discutido no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, na segunda-feira. Tarde ou cedo, espero que aconteçam”, defendeu Borrell.
Sobre o último pacote de sanções, que inclui a proibição sobre a compra de carvão russo, entre outras restrições, Borrell disse que a União Europeia traçou “intenções progressivas” e que agora estão a ser “aceleradas”. “Não queríamos fazer tudo ao mesmo tempo, mas sim tomar medidas tendo em conta a situação no terreno”, acrescentou Borrell frisando que o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da próxima segunda-feira no Luxemburgo vai discutir possíveis sanções adicionais contra a Rússia.
O chefe da diplomacia europeia defende igualmente o “isolamento” da Rússia junto da “comunidade internacional” e em instituições internacionais. Neste sentido destacou como “muito importante” a eventual expulsão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU cuja votação está prevista para hoje. “Vai ser uma votação difícil porque requer dois terços dos votos, mas penso que seria bom” que se concretizasse, disse Borrell, “numa altura em que todo o mundo conhece as atrocidades que se descobriram em Bucha e em outros locais nos arredores de Kiev”.
Triste UE esta de m*rda que a única solução para a resolver a guerra é dar meios para… prolongar a guerra. As atrocidades que iremos assistir irão ter também a assinatura da UE.