Uma equipa de astrónomos da Carnegie Science descobriu três novas luas: uma pertencente a Urano e as outras duas a Neptuno.
O Sistema Solar tem três novos membros lunares—o primeiro novo satélite de Urano descoberto em mais de 20 anos, provavelmente o menor, bem como dois novos satélites de Neptuno, um dos quais é o satélite mais ténue alguma vez descoberto por telescópios terrestres.
As descobertas foram anunciadas pelo Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional.
As três luas recém-descobertas são as mais fracas já encontradas em torno de Urano e Neptuno, dois planetas gigantes gelados.
Segundo o comunicado da equipa, o novo membro uraniano, detetado pela primeira vez a 4 de novembro do ano passado, eleva o número total de luas do planeta para 28. Com apenas 8 quilómetros, é, muito provavelmente, a mais pequena lua de Urano e demora 680 dias para orbitar o planeta.
“Os três novos satélites descobertos são os mais ténues alguma vez encontrados em torno destes planetas gigantes de gelo com o uso de telescópios terrestres”, explica o astrónomo norte-americano Scott Sheppard . “Foi necessário um processamento especial de imagem para revelar tais objetos ténues.”
S/2023 U1 – assim batizada – irá receber um novo nome, eventualmente o de uma personagem de uma peça de Shakespeare, de acordo com as convenções de nomenclatura para os satélites externos de Urano.
Já as duas luas de Neptuno foram vistas, pela primeira vez, em setembro de 2021. As observações de acompanhamento acabaram por revelar que uma delas é a lua mais brilhante a orbitar o planeta: S/2002 N5 tem cerca de 23 quilómetros de tamanho e demora quase 9 anos para orbitar o gigante gelado.
Por sua vez, a lua mais fraca tem uma designação provisória S/2021 N1 e mede cerca de 14 quilómetros, com uma órbita de quase 27 anos.
Ambas as luas vão receber nomes permanentes baseados nas 50 deusas nereidas do mar da mitologia grega.
Os cientistas realçam que as três luas de Urano e Neptuno têm órbitas distantes, excêntricas e inclinadas, o que sugere que terão sido capturadas pela gravidade dos planetas durante ou logo após a sua formação.