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Universidade de Coimbra quer transformar matemáticos e físicos em programadores

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AbbyN / Flickr

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Uma iniciativa da Universidade de Coimbra (UC), juntamente com uma empresa tecnológica, pretende transformar matemáticos, físicos ou engenheiros em programadores, face à procura do mercado por profissionais com experiência em programação.

O programa, intitulado “Acertar o Rumo“, desenvolve um curso intensivo de 10 meses no Departamento de Engenharia Informática da UC na área da programação para formar 25 pessoas que tenham já uma licenciatura ou mestrado em ciências exatas ou engenharias.

A escolha das áreas prévias dos candidatos prende-se por “engenheiros, matemáticos ou físicos já terem potencial para serem programadores, devido ao desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático”, característica fundamental para “o perfil de um bom programador”, explicou Luís Paquete, coordenador do programa na Universidade de Coimbra.

Face à “grande procura do mercado de bons programadores” e por vezes dificuldade de empregabilidade com a formação noutra engenharia ou área científica, o curso procura responder à necessidade do mercado e garantir uma carreira profissional a jovens licenciados, sublinhou.

Para além do curso de 10 meses na UC, com 40 horas semanais de formação, a iniciativa abrange ainda um estágio profissional remunerado de 12 meses numa das 13 empresas envolvidas no projeto.

Para Luís Paquete, 10 meses de formação “é suficiente”. Sinal disso é o “desempenho bastante bom” dos candidatos que entraram na primeira edição da iniciativa em 2013, frisou.

O curso centra-se na linguagem de programação Java, por ser “a que o mercado mais precisa”, referiu, acrescentando que os alunos “depois podem facilmente aprender outras linguagens de programação”.

Bárbara Rodrigues, da empresa ItGrow, que desenvolveu esta iniciativa juntamente com a UC, informou que são esperadas “pelo menos 250 candidaturas” (o número registado o ano passado) para 25 vagas.

Segundo a responsável da empresa, o programa tem um “cariz social” por “contribuir para a diminuição do desemprego em determinados cursos”, “redirecionando” as pessoas para a programação “onde há muito mais procura do que oferta”.

As candidaturas terminam a 31 de agosto e a formação tem uma propina de 2.850 euros.

/Lusa

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