Para revolucionar o transporte de alta velocidade na Europa, o Centro Europeu Hyperloop, nos Países Baixos, anunciou que vai começar a fazer testes de uma tecnologia de transporte futurista: o hyperloop.
Um tubo de aço branco de 420 metros, ao longo de uma linha férrea no norte dos Países Baixos, pretende traçar a nova era no transporte de pessoas e mercadorias.
Este tubo é o coração do novo Centro Europeu Hyperloop, em Veendam, nos Países Baixos, que será um terreno de testes nos próximos anos para desenvolver uma tecnologia em evolução.
O revolucionário hyperloop pretende é reduzir o tempo das viagens.
É concebido para o transporte de passageiros e mercadorias em médias e longas distâncias, desloca-se a velocidades de cerca de 700 km/h num tubo e é apresentado como uma solução de mobilidade mais flexível e rápida.
Dentro dos tubos há um ambiente de quase vácuo e as cápsulas usam uma tecnologia de propulsão e levitação magnética.
O hyperloop, “apregoado” por Elon Musk, é considerado pelos seus defensores muito mais eficiente do que os voos de curta distância, os comboios de alta velocidade e os camiões de carga.
No entanto, desde que Elon Musk revelou o conceito que, segundo o empresário, poderia transportar passageiros a quase 645 quilómetros entre Los Angeles e São Francisco em 30 minutos, esta tecnologia progrediu a um ritmo muito mais lento do que o esperado.
“Espero que primeira rota hyperloop esteja pronta até 2030, talvez de cinco quilómetros, na qual serão realmente transportados passageiros”, realçou o diretor do Centro Europeu Hyperloop, Sascha Lamme.
“Na verdade, já estão a ser feitos preparativos para estas rotas, por exemplo, em Itália ou na Índia [onde o veículo havia sido suspenso]”, acrescentou, citado pela agência Associated Press (AP).
Lamme convidou ainda os céticos a visitarem o espaço: “Construímos o Centro Europeu Hyperloop e, pelo que construímos, sabemos que podemos ser competitivos com o transporte ferroviário de alta velocidade”.
O tubo do centro de testes é composto de 34 secções separadas, a maioria com 2,5 metros de diâmetro. Uma bomba de vácuo num recipiente de aço próximo ao tubo suga o ar para reduzir a pressão interna. Isso reduz o arrasto e permite que as cápsulas viajem em velocidades tão elevadas.
Uma cápsula de teste construída pela empresa neerlandesa pioneira do hyperloop, a Hardt Hyperloop, participará no próximo mês nos primeiros testes no centro que é financiado por investimento privado, bem como por contribuições do governo daquela província, do governo dos Países Baixos e da Comissão Europeia.
Em novembro de 2020, duas pessoas fizeram história ao serem as primeiras a fazer parte da viagem tripulada a bordo da cápsula de alta velocidade. O teste foi realizado na sede da empresa, perto de Las Vegas.
Os passageiros viajaram durante 15 segundos numa pista de 500 metros. A cápsula conseguiu atingir os 172 quilómetros por hora – uma velocidade muito inferior ao objetivo final, mas, ainda assim, um importante marco para a empresa.