Vida de Trump tem sido cada vez mais comparada aos romances Baron Trump, que surgiram em 1889.
Coleção de livros de ficção contam as histórias das viagens no tempo de um jovem aristocrata arrogante, com o mesmo nome que o filho de Donald Trump, e que mora na Quinta Avenida com o seu mentor, ‘Don’. Coincidência anima as redes sociais.
Uma curiosa ligação entre uma série de livros do século XIX e o Presidente dos EUA Donald Trump tem suscitado cada vez mais debate desde a recente eleição do bilionário.
Os romances “Baron Trump”, de Ingersoll Lockwood, foram publicados pela primeira vez entre 1889 e 1893, mas são hoje em dia mais famosos do que há dois séculos atrás: os livros têm simplesmente demasiadas coincidências com a atual vida pessoal e carreira de Trump.
A coleção, composta por três livros — Travels and Adventures of Little Baron Trump and his Wonderful Dog Bulger, Baron Trump’s Marvelous Underground Journey e The Last President — conta as histórias de um rapaz rico chamado Baron Trump, que reside no Castelo Trump. Também Trump (o Donald, presidente dos EUA) tem uma penthouse de três pisos numa espécie de “castelo” com o seu nome, a Trump Tower.
Nos romances, Baron embarca em fantásticas aventuras de viagens no tempo com o seu cão. Mas é no último livro da série, intitulado “O Último Presidente” (traduzindo do inglês), que as semelhanças se tornam mais sinistras.
Entre curiosas referências — por exemplo, a um hotel na Quinta Avenida, em Nova Iorque, próximo da localização real da Trump Tower, o último livro da saga descreve uma América politicamente dividida e um presidente eleito controverso.
Tanto Baron como Donald revelam uma tendência para a impetuosidade, um sentido inflacionado de auto-importância e um comportamento controverso e ofensivo, traços que já tinham sido notados no magnata do imobiliário em 2017, altura em que tomou posse pela primeira vez como presidente e em que já se faziam comparações entre os romances vitorianos e a vida do novo presidente.
Se, nos livros, Baron Trump se gaba das suas capacidades perante o governo russo, Donald também o faz, à sua maneira. “Fiz mais progresso em três semanas do que Biden fez nos últimos quatro anos”, disse esta semana, em relação à guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia.
Com a recente eleição do presidente norte-americano, outros paralelismos começaram a ser notados. Além de partilharem apelido, o nome próprio da personagem principal, Baron, é praticamente igual ao nome que Trump escolheu para o filho, Barron. Além disso, o mentor de Baron nos livros chama-se… ‘Don’, diminutivo para Donald — o nome próprio de Trump.
Será coincidência, teoria da conspiração ou, como se especulou num episódio recente do podcast mais ouvido do mundo The Joe Rogan Experience, uma prova de que Trump viaja no tempo e da existência de uma realidade alternativa? Os internautas parecem acreditar em tudo um pouco.
