O defunto satélite ERS-2 da Agência Espacial Europeia despenha-se esta quarta-feira na Terra, não sendo possível determinar exatamente em que local. A ESA está a acompanhar de perto a sua trajetória.
A Agência Espacial Europeia (ESA) está a monitorizar o regresso do seu satélite de observação European Remote Sensing 2 (ERS-2).
O enorme satélite desativado, com mais de duas toneladas, está programado para fazer uma reentrada dramática na atmosfera da Terra na manhã desta quarta-feira.
Lançado em abril de 1995, o ERS-2 concluiu a sua missão em setembro de 2011, após 16 anos de serviço a monitorizar os polos, oceanos e superfícies terrestres da Terra, bem como desastres naturais como inundações e terramotos.
O satélite, com um peso de 2.294 quilogramas, deverá em grande parte desintegrar-se ao reentrar na atmosfera. A maioria dos fragmentos deverá incinerar-se antes de atingir o solo.
No entanto, alguns destroços podem sobreviver à descida, devendo provavelmente cair no oceano, sem representar qualquer risco de contaminação.
O Gabinete de Detritos Espaciais da ESA e uma rede internacional estão a acompanhar de perto os últimos momentos do satélite, com um tempo previsto de reentrada às 8:53h desta quarta-feira.
Há no entanto uma margem significativa de erro de 7,5 horas devido à natureza imprevisível da atividade solar e ao seu efeito na densidade atmosférica. Esta variabilidade torna desafiante prever com precisão o tempo e localização da reentrada.
A atividade solar, particularmente à medida que o sol se aproxima do seu máximo solar, acelera frequentemente a descida de detritos espaciais, como observado com o satélite Aeolus da ESA em julho de 2023.
A reentrada do ERS-2 faz parte de um processo natural e descontrolado de descarte do satélite após o fim da sua vida operacional, explica o Space.com.
O satélite realizou 66 manobras de desorbitagem em 2011 para esgotar o seu combustível restante e baixar a sua órbita, colocando-o num curso para reentrar na atmosfera da Terra em de 15 anos — de modo a evitar acrescentar mais massa aos já de si omnipresentes detritos espaciais.
A ESA realça o baixo risco representado pelos detritos espaciais em queda, sendo extremamente baixas as probabilidade de que qualquer pessoa se possa ferir.