Depois da “bomba” da Superliga, UEFA anuncia alterações na Champions

Steffen Prößdorf / Wikimedia

Aleksander Ceferin, presidente da UEFA

A UEFA anunciou, esta segunda-feira, alterações nas competições europeias a partir de 2024, com a Liga dos Campeões a passar de 32 para 36 equipas, num modelo sem fase de grupos, passando para uma liga única.

Giorgio Marchetti, secretário-geral adjunto do organismo que tutela o futebol europeu, explicou que, em vez da habitual fase de grupos da Liga dos Campeões, se passa para uma liga única de 36 equipas, em que cada uma joga contra 10 adversários, cinco jogos em casa e cinco jogos fora.

Os oito melhores classificados vão ser apurados diretamente para os “melhores 16”, explicou Marchetti, enquanto os classificados entre o 9.º e o 24.º lugar vão disputar um ‘play-off’ para apurar outras oito equipas. Do 25.º para a frente, as equipas vão ser eliminadas e nenhuma vai passar para a Liga Europa.

Também a Liga Europa e a Liga Conferência Europa, nova competição que vai começar na próxima época, vão ter o mesmo modelo de liga única, mas a primeira com oito jogos e a segunda com seis.

Estas alterações foram partilhadas depois de, este domingo, 12 clubes terem anunciado a criação da Superliga Europeia, uma competição de elite, concorrente da Champions, em oposição à UEFA.

Entre eles estão AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham.

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, afirmou que esta ideia é movida pela “ganância”, considerando que são planos que vão “contra tudo aquilo que o futebol deve ser”.

“A UEFA e o futebol estão unidos contra a proposta que vimos de alguns clubes na Europa que são movidos pela ganância. Toda a sociedade e os Governos estão unidos contra estes planos cínicos, que são contra o que o futebol deve ser. A integralidade e o mérito desportivo são essenciais e não vamos deixar que isso mude nunca”, disse Ceferin.

O líder do organismo defendeu ainda que as equipas que vão estar nas competições europeias o conseguiram por “mérito e não por convite”, reafirmando que os jogadores dos clubes que alinhem na Superliga vão ser “proibidos” de participar em competições internacionais, como o Campeonato do Mundo e o Campeonato da Europa, e também não poderão representar as suas seleções.

ZAP // Lusa

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