UE nega a Netanyahu reconhecer Jerusalém como capital de Israel

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World Economic Forum / Flickr

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

O primeiro-ministro israelita disse, esta segunda-feira, em Bruxelas, que o reconhecimento de Jerusalém como capital do país “torna a paz possível” no Médio Oriente.

“Jerusalém é a capital de Israel, ninguém o pode negar (…) Torna possível a paz porque reconhece a realidade e a substância da paz”, declarou Benjamin Netanyahu hoje em Bruxelas antes do encontro com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

“Acredito que a maioria dos países europeus vão mudar as embaixadas para Jerusalém, reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e empenhar-se connosco de forma robusta na procura de segurança, prosperidade e paz”, declarou ainda.

Trata-se da primeira visita do chefe de governo de Israel a Bruxelas e decorre num período de tensão política provocada pelo reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital israelita pelos Estados Unidos.

A posição anunciada na semana passada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, tem sido criticada pela União Europeia.

Por sua vez, Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, afirmou que “a única solução israelita para o conflito é entre Israel e a Palestina é baseada em dois estados, com Jerusalém como a capital de ambos; o estado de Israel e o estado da Palestina ao longo da fronteira de 1967”.

“Como parceiros e amigos de Israel, pensamos que é do interesse securitário encontrar uma solução duradoura e global“, disse ainda Mogherini, condenando “todos os ataques cometidos contra os judeus, em todo o mundo, incluindo na Europa”.

Antes de aterrar em Bruxelas, Netanyahu foi recebido em Paris por Emmanuel Macron, que lhe pediu que congele a expansão dos colonatos ilegais de Israel em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

No próximo mês de janeiro, está agendada também em Bruxelas uma visita do líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

Na semana passada, Trump não só declarou Jerusalém como capital de Israel como também confirmou que já deu ordens ao seu Departamento de Estado para que comece a preparar a mudança da embaixada norte-americana de Telavive para a cidade santa.

No seu discurso, o Presidente norte-americano disse que continua a defender uma solução de “dois Estados” naquela região e que “tudo fará para promover uma solução pacífica”.

ZAP // Lusa

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