UE e EUA reforçam sanções contra a Rússia

Thomas Hawk / Flickr

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin

A União Europeia e os Estados Unidos reforçaram hoje as sanções impostas à Rússia pelo seu papel na crise na Ucrânia.

Na UE, segundo fontes diplomáticas citadas por agências internacionais, 15 nomes de responsáveis russos e ucranianos foram adicionados à lista de mais de 50 personalidades impedidas de obter vistos para território europeu e sujeitas ao congelamento de bens que tenham em países europeus.

A decisão foi tomada ao nível dos embaixadores dos 28 junto da UE, numa reunião extraordinária, e os novos nomes da lista serão publicados no jornal oficial da UE, em princípio na terça-feira.

Nos Estados Unidos, as sanções foram alargadas a sete novos responsáveis e 17 empresas russas com ligações ao círculo mais próximo do presidente russo, Vladimir Putin.

Washington decidiu também tornar mais rigorosos os critérios para a emissão de licenças de exportação de produtos de alta tecnologia de uso militar, segundo um comunicado divulgado em Manila, onde o presidente, Barack Obama, está em visita oficial.

“Os Estados Unidos tomaram novas medidas hoje em resposta à intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e aos atos provocatórios que debilitam a democracia ucraniana e ameaçam a sua paz, segurança, estabilidade, soberania e integridade territorial”, lê-se no texto.

“O envolvimento da Rússia nos recentes atos de violência no leste da Ucrânia é inquestionável”, acrescenta o texto, sustentando que a Rússia nada fez para aplicar o acordo assinado com a Ucrânia, a UE e os Estados Unidos em Genebra.

As sanções norte-americanas, que se sucedem a um primeiro conjunto decidido no início de março, visam entre outros responsáveis Oleg Belantsev, nomeado em março enviado do presidente Vladimir Putin para a Crimeia, Dmitri Kozak, vice-primeiro-ministro, e Serguei Chemezov, diretor do programa estatal de produção e exportação de tecnologia.

Resposta da Rússia

A Rússia prometeu hoje dar uma resposta “dolorosa” às novas sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra sete responsáveis políticos e 17 empresas russas pelo envolvimento de Moscovo na crise na Ucrânia.

“Vamos responder, com certeza”, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, citado pelas agências russas.

“Estamos certos de que essa resposta terá um efeito doloroso para Washington”, acrescentou.

O vice-ministro escusou-se a dar pormenores, mas afirmou que a Rússia tem um “amplo leque” de opções.

A Casa Branca anunciou hoje em comunicado o alargamento das sanções impostas à Rússia a sete novos responsáveis políticos e 17 empresas com ligações ao círculo mais próximo do Presidente russo, Vladimir Putin.

No comunicado, Washington afirma que a medida é uma “resposta à intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e aos atos provocatórios que debilitam a democracia ucraniana e ameaçam a sua paz, segurança, estabilidade, soberania e integridade territorial”.

Para Riabkov, as novas medidas norte-americanas apenas contribuem para aumentar a tensão na Ucrânia e as palavras usadas para as justificar “mostram que os Estados Unidos perderam completamente o contacto com a realidade”.

/Lusa

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