A União Europeia (UE) anunciou, esta sexta-feira, sanções contra 15 membros do regime bielorrusso, incluindo o líder e o seu filho, por “repressão violenta e intimidação de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas”.
“O Conselho Europeu adicionou, hoje, 15 membros das autoridades bielorrussas, incluindo Alexander Lukashenko, e o seu filho e conselheiro de segurança nacional, Viktor Lukashenko, à lista de indivíduos sancionados devido à repressão violenta e intimidação de manifestantes pacíficos, membros da oposição e jornalistas após a eleição presidencial de 2020 na Bielorrússia”, refere em comunicado.
O regime de sanções, que inclui agora um total de 59 membros do regime bielorrusso, prevê a proibição de viagens para a UE e o congelamento de bens no espaço comum.
“Cidadãos europeus e companhias estão também proibidos de fornecer fundos aos indivíduos que se encontrem na lista”, refere o comunicado.
O mesmo pacote de sanções já tinha sido aplicado a cerca de 40 membros das autoridades bielorrussas a 2 de outubro, tendo o presidente da Bielorrússia, Viktor Lukashenko, ficado de fora da lista para, segundo os líderes europeus, não minar a possibilidade de um diálogo construtivo.
No entanto, a 12 de outubro, após uma cimeira entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o Alto Representante da UE para a Política Externa anunciou que Lukashenko seria incluído na lista por ter mostrado “falta de vontade política em avançar com negociações e contactos com vista a […] uma solução democrática para o que está a acontecer na Bielorrússia”.
A lista de nomes então acordada entra agora em vigor. Recorde-se que a UE recusa-se a reconhecer o resultado das Presidenciais da Bielorrússia, que deu a vitória a Lukashenko com 80% dos votos.
Esta semana, a ONU também acusou as autoridades bielorrussas de fazerem detenções arbitrárias e torturarem manifestantes.
ZAP // Lusa