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Ucrânia quer aderir à NATO. Rússia opõe-se, mas EUA apoiam

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O ministro da Defesa da Ucrânia anunciou esta terça-feira que pretende iniciar o processo de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) no próximo ano, apesar da oposição de Moscovo.

“A Ucrânia pretende obter o Plano de Ação para a Adesão na Cimeira da NATO de 2021″, disse o ministro da Defesa, Andriy Taran, segundo um comunicado emitido hoje pelo gabinete de imprensa, no seguimento de uma reunião com embaixadores de países membros da NATO.

A entrada da Ucrânia e da Geórgia, ambas antigas repúblicas soviéticas, na NATO “terá um impacto considerável na segurança e estabilidade” na região do Mar Negro, argumentou o governante ucraniano, que enfrenta a oposição de Moscovo, mas tem o apoio dos Estados Unidos.

Os dois países têm cooperado com a NATO e mostram interesse em aderir à organização há vários anos, lembra a agência de notícias francesa, a AFP, que salienta que Kiev e Tbilisi já tentaram aderir, mas na altura não receberam apoio da França e da Alemanha.

NATO aponta China como potencial ameaça

Um relatório da NATO divulgado hoje retrata pela primeira vez a China como “potencial ameaça militar”, não apenas para os Estados Unidos, mas também para a Europa.

O relatório, que delineia os principais objetivos do sistema de defesa coletivo que une 30 Estados ocidentais ignora as repetidas promessas de Pequim de ascender pacificamente a superpotência global.

No documento apela-se ao “aumento da capacidade para antecipar e reagir às atividades chinesas que minam a segurança dos aliados”.

A organização, que aponta que uma “coexistência pacífica” com Moscovo “está aberta para discussão”, revela-se mais assertiva quanto à China, apontando a “vontade” de Pequim de “usar a força” contra os países vizinhos e a “rapidez da modernização militar” em curso no país.

A NATO, que integra Portugal, apela assim a uma parceria com a Índia, principal rival da China no sul da Ásia.

“A longo prazo, é cada vez mais provável que a China projete poder militar globalmente, incluindo na área euro-atlântica”, destaca-se no relatório.

“Se os aliados forem ameaçados pela China, a NATO deve ser capaz de demonstrar a sua capacidade como um ator eficaz para fornecer proteção”, aponta-se.

No relatório acrescenta-se que a NATO “deve dedicar muito mais tempo, recursos políticos e ações aos desafios de segurança colocados pela China” e “deve melhorar a sua capacidade de coordenar estratégias e salvaguardar a segurança dos aliados face à China”.

No documento, realizado por dez especialistas escolhidos pelo secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, refere-se a China não apenas como uma ameaça para os Estados Unidos, mas também para os países europeus, que têm tentando manter-se neutros face à crescente rivalidade entre as duas maiores economias do mundo.

Por outro lado, aconselha-se a que se “aprofunde as consultas e cooperação” com a Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul.

“A China deve ser considerada em futuras negociações sobre o controlo de armamento, especialmente no contexto de armas nucleares e mísseis balísticos”, salienta-se.

“Embora a China não represente uma ameaça militar imediata para a área euro-atlântica na escala da Rússia, [o país asiático] está a expandir o seu alcance militar no Atlântico, Mediterrâneo e Ártico, a aprofundar os laços de defesa com a Rússia e a desenvolver mísseis e aeronaves de longo alcance , porta-aviões e submarinos de ataque nuclear com alcance global, extensas capacidades baseadas no espaço e um arsenal nuclear maior”, enumera-se.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Até que enfim que há gente que não achinesa os olhos e vê a ameaça, o perigo e a perversão do Partido Comunista chinês e abre os olhos para olhar e ver que o genocida Xi Jinping estás nas antípodas de ser uma pessoa de bem com quem se possa conviver, como infelizmente o viu e considerou a elite financeira, as empresas, o governo socialista e o próprio presidente português quando o execrável criminoso veio conspurcar a Nação Portuguesa!

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