“O Golias russo está a perder”, mas “a Ucrânia não será a última paragem” de Putin

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Sergei Ilnitsky/EPA

Volodymyr Zelenskyy acredita que a Moldova será o próximo país a ser atacado pela Rússia e alerta que Putin não vai parar enquanto não reunificar todos os ex-estados da União Soviética.

Na abertura da Conferência Anual de Segurança de Munique, Volodymyr Zelenskyy apelou a que os seus aliados ocidentais continuem a apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, que comparou com o duelo bíblico entre David e Golias.

“O Golias russo já começou a perder. Não há alternativa à nossa vitória”, afirmou, frisando ainda a importância da entrega de armamento atempada. “Os atrasos foram sempre e continuam a ser um erro”, realça.

O chefe de Estado ucraniano acrescenta que  enquanto o Ocidente negociava a entrega de mais armamento, Putin estava a planear como “estrangular” a Moldova.

“É óbvio que a Ucrânia não vai ser a sua última paragem. Ele vai continuar com este movimento até ao fim, incluindo todos os outros Estados que, em algum ponto da História, fizeram parte do bloco soviético”, alertou Zelenskyy.

O Presidente ucraniano considera ainda que Putin está propositadamente a arrastar o conflito, apostando que o mundo vai começar a perder interesse na guerra.

“Precisamos de velocidade, velocidade nos nossos acordos, velocidade na nossa enrega, para fortelecermos a nossa fisga“, frisa, referindo novamente a vitória de David, que estava armado apenas com uma fisga e pequenas pedras.

Zelenskyy também falou sobre os recentes comentários de Alexander Lukashenko, que disse que a Bielorrússia estará pronta a juntar-se à Rússia na guerra caso sofra algum ataque ucraniano.

“A probabilidade da Bielorrússia se envolver na guerra é baixa. A população da Bielorrússia não está disposta a lutar contra a Ucrânia. Não será fácil convencê-los”, aponta o chefe de Estado ucraniano, citado pelo Politico.

A declaração de Zelenskyy foi amplamente aplaudida pelos responsáveis políticos e militares reunidos em Munique. O Presidente ucraniano terminou o discurso pedindo novamente a aceleração da integração de Kiev no mundo ocidental.

“Não há alternativa à Ucrânia na União Europeia, não há alternativa à Ucrânia na NATO, não há alternativa à nossa união”, remata.

Adriana Peixoto, ZAP //

9 Comments

  1. «…Nunca houve um sistema na história da humanidade mais tóxico do que o actual Ocidente podre, aqueles que estão despertos e vivem no Ocidente sabem que o nível de toxicidade que experimentam na sua vida diária é irreparável, os Humanos nunca viveram em tal situação em toda a sua história, a Europa de hoje é como um indivíduo que tentou congelar o cadáver da sua avó dentro de sua própria casa para continuar a receber mensalmente a pensão dela; digamos que o “indivíduo” fez isso após a Primeira Guerra Mundial, já depois da Segunda Guerra Mundial o cadáver começou a cheirar mal, após o fim da Guerra-Fria o cadáver, apesar de congelado, começou a se decompor rapidamente e então nos últimos 10 anos a degeneração se espalhou tanto que todas as pessoas nas casas próximas se sentiram mal devido ao miasma da decomposição atingindo o seu pico, e de repente chamaram a polícia (Rússia «aka» o «Katehon») para vir e verificar o que acontece naquela casa horrível, onde a polícia encontra um cadáver, tenta capturar o indivíduo que resistiu um pouco inicialmente, mas no final ele foi preso e levado sob custódia para que finalmente fosse possível limpar a casa e restaurá-la.
    PS: A avó é a cultura/poder Europeu e o indivíduo são as actuais elites liberais degeneradas…»

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