Valery Zaluzhny avisou que ainda há uma reserva de mais de um milhão de soldados, na Rússia. E Kiev deve voltar a ser alvo.
Nós últimos meses tem-se repetido que há falta de soldados russos. Ou falta de soldados com vontade de participar na guerra na Ucrânia.
No final do Setembro, e perante um aparente avanço russo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma mobilização militar parcial – e muitos russos tentaram fugir do país.
No entanto, o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, avisa que ainda há muitos soldados russos na reserva, que poderão participar no conflito.
“A mobilização russa funcionou. Não é verdade que os seus problemas sejam tão terríveis, que leva a que as pessoas não queiram combater. Elas vão combater. O rei ordenou que elas fossem para a guerra, e elas vão para a guerra“, comentou Valery.
Nesta entrevista ao The Economist, o responsável ucraniano partilhou as estimativas das forças da Ucrânia, que apontam para uma reserva de entre 1.2 e 1.5 milhões de soldados russos.
“Neste momento os russos estão a treinar cerca de 200 mil novos soldados”, continuou. E uma nova aproximação à capital deverá acontecer: “Não tenho dúvidas de que farão outra tentativa de chegar a Kiev”.
A próxima fase da guerra, de acordo com o comandante, vai iniciar-se entre Janeiro e Março de 2023, e com um aumento das hostilidades.
As três tarefas principais das Forças Armadas da Ucrânia serão para já: manter as fronteiras actuais, acumular reservas para a próxima fase da guerra e fornecer ao exército sistemas de defesa aérea e anti-mísseis para, essencialmente, proteger infraestrutura civil do país.
E, nesse contexto, a rede eléctrica voltou a ser assunto comentado: “Estamos numa linha ténue. Se a rede eléctrica for destruída… Esposas e filhos dos soldados vão começar a congelar. E como estarão os solados? Conseguimos imaginar? Sem água, luz e calor, é possível falar em preparação de reservas para a continuação das hostilidades?”.
No entanto, Valery Zaluzhny acredita que a Ucrânia vai recuperar os territórios ocupados pela Rússia após o início da guerra. Mas precisa de 300 novos tanques, 600 a 700 veículos de combate de infantaria.
Guerra na Ucrânia
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E voltarão todos em sacos como os muitos milhares que já assim voltaram à Mãe Rússia.