“Não vamos parar aqui”. Depois de libertar Robotyne, esta segunda-feira, o objetivo da contraofensiva estende-se à reconquista do Mar de Azov. A Este, reagrupamentos e maior presença de minas russas dificultam a tarefa ucraniana.
A contraofensiva ucraniana está a empurrar as forças russas para sul e as suas tropas libertaram, confirma a Ucrânia esta segunda-feira, a aldeia de Robotyne, posição estratégica no coração da região de Zaporijjia, expulsando assim as tropas russas.
A Rússia não confirma, segundo a Reuters, a perda da aldeia, que fica a 100km de Berdiansk, porto na costa do Mar de Azov, e a 85km de Melitopol, ocupadas de momento por forças russas.
“Robotyne foi libertada”, confirmou a vice-ministra da defesa, Hanna Maliar, que reforça que as tropas ucranianas estão a seguir para sudeste da aldeia localizada a 10km a sul da cidade de Orikhiv, que fica numa importante estrada que vai dar a Tokmak, ocupada neste momento por tropas russas.
“We waited so long that today they came unexpectedly…”
A touching video by the 47th Mechanized Brigade shows the rescue of residents of the village of Robotyne.
These people have already been saved; they are on their way “to peace.”
The liberation of the occupied cities and… pic.twitter.com/ucN0wlLpQv— Defense of Ukraine (@DefenceU) August 22, 2023
O trabalho ainda não está feito, no entanto, confirma à agência um comandante das tropas que marcharam até Robotyne durante a passada semana, onde já decorriam operações para reclamar o território de volta e foi inclusive erguida a bandeira ucraniana. No entanto, haverão ainda duas casas na aldeia sob controlo russo.
Ukrainian troops raised the national flag in Robotyne, Zaporizhzhia Oblast: Ukrainian Army’s Commander-in-Chief shared the footage with a comment, “Robotyne [is Ukraine]. Happy National Flag Day!”
Robotyne was one of the key nodes in the first line of the Russian defense in the… pic.twitter.com/CUst0wSyCK
— Euromaidan Press (@EuromaidanPress) August 23, 2023
“Não vamos parar aqui”, disse: “a seguir temos Berdiansk e mais. Deixei claro aos meus combatentes de uma vez por todas: o nosso objetivo não é Robotyne, o objetivo é Azov.”
“Skala”, nome de combate da fonte da agência, confirma que a contraofensiva está a chegar a zonas em que a Rússia tem apenas grupos de logística e crê que não será difícil tomá-las.
A Este, as dificuldades são acrescidas devido à maior presença de campos de minas e trincheiras russas, com Maliar a admitir: após um reagrupamento e chegada de novas forças russas, a situação está “muito quente”.
As forças ucranianas continuam a avançar a sul de Bakhmut e recuperaram 1km2 em redor da importante cidade, segundo a ministra.
Dois mortos em ataque russo
Pelo menos duas pessoas morreram e duas estão desaparecidas na sequência de um ataque com mísseis russos contra uma aldeia de Poltava, no centro da Ucrânia, informou esta segunda-feira a administração militar local ucraniana, na plataforma Telegram.
Além dos dois mortos, duas pessoas foram levadas para o hospital com ferimentos ligeiros sofridos no ataque, que causou graves danos a uma infraestrutura envolvida na produção de óleo alimentar. As equipas de socorro estão a procurar nos escombros os dois desaparecidos.
De acordo com o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andri Yermak, as vítimas eram trabalhadores do turno da noite da fábrica de óleo de uma área parcialmente destruída pelo fogo, causado pela queda de mísseis russos.
Drones do SBU atingem mísseis e aviões russos
Por outro lado, fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicaram a autoria de um ataque com drones na madrugada de domingo contra aviões Su-30 e MiG-29 num aeródromo na região russa de Kursk.
Os 16 drones lançados pela Ucrânia terão também atingido um sistema de mísseis S-300 e dois sistemas autopropulsionados Pantsir. As fontes afirmam que todos os alvos do ataque foram atingidos.
O ataque terá sido realizado pela contraespionagem do SBU, o serviço de informações internas da Ucrânia.
ZAP // Lusa
Força, ucranianos! Corram com esses imperialistas imundos daí para fora!