Descoberto em 1998, foram necessários 20 anos para que alguém se voltasse a interessar pelo velho esqueleto que estava guardado no Museu de História Natural de Mesa, no estado americano do Arizona.
Em 2006 os ossos saíram do armário para serem analisados por Sterling Nesbitt, professor do Virginia Tech Colleague of Scienc, que agora chegou a uma conclusão que poucos esperavam: o velho esqueleto é uma espécie de primo do famoso Tyrannosaurus rex.
Suskityrannus Hazelae é o seu nome do parente, tem a particularidade de ser anão e, mesmo assim, conseguir chegar aos 12 metros de altura. Este exemplar em específico terá morrido ainda muito jovem, de acordo com informações avançadas pelo jornal espanhol El Mundo, com cerca de três anos, e um crânio que mediria apenas uns 25 a 32 centímetros.
De acordo com o estudo publicado na revista Nature Ecology & Evolution, a espécie de dinossauro agora revelada terá vivido há cerca de 92 milhões de anos, durante a época geológica do Cretáceo, e foi descoberta no Novo México, precisamente pelo cientista que agora chega a estas reveladoras informações. Nesbitt terá participado numa expedição quando tinha apenas 16 anos quando descobriu as ossadas.
Embora o tamanho do animal pudesse ser considerável, a verdade é que este exemplar tinha cerca de três metros quando morreu – o tamanho do crânio de um Tyrannosaurus rex adulto. Alimentava-se de carne, embora o cientista não seja capaz de detalhar que tipo de animais em específico era capaz de comer.
Os Suskityrannus bípedes tinham pés longos, uma mordida forte e dentes afiados – características consistentes com um carnívoro rápido. Terá vivido num ambiente húmido e pantanoso.
O novo artigo é assim significativo, pois “o pé de Suskityrannus é agora o mais antigo registo conhecido de um pé arctometatarsal num tiranossauro”, uma descoberta que “tem o potencial de nos ajudar a entender melhor a evolução da capacidade de corrida em dinossauros”, disse.