/

Turcomenistão assinala novo feriado dedicado à raça de cães nacional

O Turcomenistão assinalou um novo feriado no seu calendário. O dia, que se realizou pela primeira vez no domingo, dia 25 de abril, é dedicado à raça de cães nacional: Alabai.

O primeiro feriado, agora conhecido como dia de Alabai, ficou marcado pela realização de um concurso para encontrar o melhor cão pastor.

O presidente, Kurbanguly Berdymukhamedov, que governa o isolado deserto de seis milhões de habitantes desde 2007, concedeu o prémio máximo, por coragem, a um cão do serviço de guarda de fronteira.

O filho do presidente, o vice-primeiro-ministro Serdar Berdymukhamedov, entregou o prémio que incluía uma medalha para o cão e um carro para o seu dono.

A adoração por estes animais, levou o líder do país a escrever um livro de 272 páginas sobre a raça que agora homenageia. Em 2017, Berdymukhamedov também presenteou o presidente russo Vladimir Putin com um filhote de Alabai.

De acordo com o The Guardian, o feriado aconteceu no mesmo dia de um festival em homenagem à raça de cavalos Akhal-Teke, que o Turcomenistão também considera parte do seu património nacional. Estes animais são conhecidos no país pela sua estatura elegante e brilho metálico.

Os cães e os cavalos são fontes de orgulho nacional, por isso são amplamente usados por muitos pastores tradicionais.

No ano passado, o governo ergueu uma estátua dourada de Alabai com cerca de seis metros de altura na capital Ashgabat.

Na mesma cidade também foi colocada uma estátua, também revestida a ouro, do próprio presidente Berdymukhamedov, sentado numa cavalo.

Com pouca presença junto da comunidade internacional, pouco se sabe sobre as políticas do país.

Porém, sabe-se que em 2018, uma nova ordem proibiu as mulheres de tirem a carta de condução ou de conduzirem qualquer automóvel no país. Segundo os jornais locais, o sexo feminino é acusado de causar a maioria dos acidentes de trânsito na região.

No seguimento da pandemia, o líder do país também estabeleceu que a palavra “coronavírus” deveria desaparecer da media estatal e até de conversas privadas entre os habitantes.

Assim, essa expressão foi proibida em público e, segundo a Radio Free Europe, o regime acabou por prender várias pessoas que estavam a usar máscaras ou que falavam sobre a doença na capital.

Este ano, uma jornalista da Noruega visitou o Turcomenistão e disse ao site UOL: “até ao momento, foi o país mais estranho que já visitei”.

Ana Isabel Moura, ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.