O Japão está hoje em alerta máximo devido à aproximação do tufão Hagibis, que já provocou pelo menos um morto, graves danos materiais e cortes de energia a leste de Tóquio.
Devido ao impacto esperado, as autoridades já recomendaram a retirada de cerca de 1,6 milhões de pessoas. Espera-se que o tufão, classificado como “muito forte”, a segunda categoria de maior intensidade da Agência Meteorológica do Japão, atinja a zona centro e leste do país esta noite, com rajadas de vento até 216 quilómetros por hora.
Horas antes de chegar à costa, provocou pelo menos um morto na região de Chiba, a leste de Tóquio, que já havia sido atingida por um tufão no mês passado. “Um homem de 49 anos foi encontrado numa carrinha capotada. Foi enviado para o hospital, onde a sua morte foi declarada”, disse à agência France-Presse (AFP) o porta-voz dos bombeiros de Ichihara, na província de Chiba.
Na mesma província, a emissora NHK dá conta de graves danos materiais e cortes de eletricidade em cerca de 30 mil casas. As autoridades alertaram para o risco de inundações e deslizamentos de terra. Mais de sete milhões de pessoas foram aconselhadas a abandonar as suas casas devido às cheias e ao risco de deslizamentos de terra.
As duas maiores companhias aéreas japonesas, a ANA e a JAL, cancelaram quase todos os seus voos internacionais e domésticos de e para Tóquio, bem como os de Nagoya (central) e Osaka (ocidental).
O tufão também obrigou ao adiamento, de sábado para domingo, das qualificações para o Grande Prémio de Fórmula 1 (F1) no circuito de Suzuka.
Pelo menos 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas abaixo no nível do mar, a leste de Tóquio, mas mais de 10 mil milhões podem ser afetadas pela sobrelevação do mar e dos rios, o que levou e as autoridades a aconselharem as populações a abandonarem as suas casas e procurarem refúgio em pontos mais altos. Centenas de voos foram cancelados, assim como a ligação ferroviária entre Tóquio e Osaka.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, ciclones tropicais como o tufão Hagibis estão entre “os mais devastadores de todos os acidentes naturais”, e estima-se de deixe um rasto de milhões em prejuízos.
ZAP // Lusa