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Trump é “um génio muito estável” (e é o próprio que o diz)

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gageskidmore / Flickr

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O Presidente dos EUA voltou a reagir às acusações do livre “Fire and Fury”, do jornalista Michael Wolff.

Através de uma publicação no Twitter, Donald Trump reagiu, mais uma vez, ao polémico livro de Michael Wolff, “Fire and Fury”, que descreve o Presidente dos EUA como um indivíduo mentalmente instável, segundo o ex-assessor Steve Bannon.

“Ao longo da minha vida, os meus dois maiores ativos foram estabilidade mental e ser, tipo, mesmo esperto”, disse numa série de três tweets.

“Parti de ser um MUITO bem-sucedido empresário para me tornar numa estrela de televisão de topo e ser Presidente dos EUA (na minha primeira tentativa). Penso que isso significa ser não esperto, mas um génio… e um génio muito estável!“, lê-se ainda.

Tillerson diz que nunca duvidou da “capacidade mental” de DonaldTrump

O livro do jornalista Michael Wolff “Fire and Fury: Inside the Trump White House” (Fogo e Fúria: Dentro da Casa Branca de Trump) fez manchetes e alcançou o topo da lista de vendas da Amazon hoje, dia em que foi publicado, relançando o debate sobre a personalidade instável do dirigente da principal potência mundial.

Nunca pus em causa a sua aptidão mental, não tenho qualquer razão para duvidar da sua capacidade mental”, declarou Rex Tillerson, numa entrevista à estação televisiva CNN hoje transmitida.

“Ele não é como os presidentes anteriores, e também foi por essa razão que os americanos o escolheram, queriam uma mudança, e eu aprendi, ao longo do ano, a melhorar as minhas relações com o Presidente, a fim de lhe dar as informações de que ele precisa para tomar boas decisões”, prosseguiu o secretário de Estado, que nunca negou pessoalmente ter chamado “imbecil” ao Presidente, em privado, no verão passado, embora a sua porta-voz o tenha feito.

Através de muitos testemunhos, na maioria anónimos e classificados pelo Presidente como fantasiosos, o autor do livro descreve um executivo disfuncional e um chefe de Estado alérgico à leitura, muitas vezes fechado nos seus aposentos a partir das 18:30, com os olhos cravados nos seus três ecrãs de televisão, multiplicando os telefonemas para um pequeno grupo de amigos, sobre quem verte “um dilúvio de recriminações” que vão desde a desonestidade da imprensa à falta de lealdade da sua equipa.

Todo o seu gabinete, segundo o autor, se interroga sobre a sua capacidade para governar, como declarou hoje numa entrevista concedida à televisão NBC.

Dizem que ele é como uma criança. O que querem dizer é que ele precisa de ver imediatamente satisfeitos os seus pedidos. Tudo gira em torno dele”, afirmou Michael Wolff.

“Ele é como uma esfera de ‘flipper’, dispara em todas as direções”, acrescentou, contando como, por exemplo, Trump repete as mesmas histórias “três vezes em dez minutos”, uma tendência também observada nas suas intervenções públicas.

Tais críticas a Donald Trump, de 71 anos, não são totalmente novas, mas o autor deste livro vem engrossar as fileiras onde já pontificavam, desde 2015 e 2016, a democrata Hillary Clinton e alguns republicanos.

Mais recentemente, o senador John McCain qualificou o septuagenário como “mal informado” e “impulsivo”.

Por sua vez, o presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Senado, Bob Corker, comparou a Casa Branca a uma “creche para adultos“. “Sei de fonte segura que todos os dias, na Casa Branca, o objetivo é detê-lo”, declarou, em outubro passado.

Trump está furioso com a imprensa, que ele considera ser-lhe irremediavelmente hostil.

“Agora que se provou que o conluio com a Rússia é uma farsa completa e que a única conspiração existente foi entre Hillary Clinton e o FBI/Rússia, a imprensa ‘fake news’ e este novo livro falso atacam em todas as frentes imagináveis. Eles deviam tentar ganhar uma eleição. Triste!”, escreveu hoje o Presidente na rede social Twitter.

No Congresso, a questão do estado psicológico de Trump é cada vez menos um tabu: mais de uma dezena de representantes democratas (e um republicano) consultou em dezembro uma psiquiatra da Universidade de Yale que se interroga publicamente sobre a degradação mental do chefe de Estado.

“Risível”, reagiu a porta-voz da Casa Branca.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. A degradação mental do homenzinho parece real. E isso é verdadeiramente perigoso. Mete medo. Assusta. É-me mais fácil dizer isso do que sugerir que ele, Trump, apenas reflecte a alma da sua gente, o sentido medieval da existência, o conceito de SER e de VIDA que para eles é igual a IGNORÂNCIA, FORÇA BRUTA, PODER, onde uma espécie de terceiro mundo prevalece, enquanto uma minoria de Homens Bons tenta, ao nível do saber e do conhecimento, equilibrar aquele país a que chamam U.S.A.
    Há que não esquecer que se Trump foi eleito, à maioria dos norte-americanos o deve.

    • Mas como é que o país mais rico do mundo é uma espécie de terceiro mundo? A diferença é que as pessoas estão atentas aos EUA e não aos verdadeiros países de terceiro mundo. Além disso não é a primeira vez que este autor faz livros com informações falsas. Foi só para vender e as pessoas acreditam.

      A minha sugestão é de questionar a opinião dos media porque só têm estado a difamar aqueles que não seguem as suas ideologias e a espalhar notícias que já foram confirmadas falsas. Trump pode ter os seus problemas só que uma pessoa que se tornou milionária e presidente não pode ter degradação mental como os media querem fazer entender. É mais uma tentativa de difamação que no fim teve o efeito contrário. Estas tentativas de ataques ridículas a Trump só estão a aumentar a sua popularidade.

      • Caro Emanuel,
        ser ou não ser o país mais rico do mundo, há que se ter em conta o ponto de vista pelo qual a questão é analisada.
        O mesmo se poderá (e deverá) fazer quanto ao (sub)desenvolvimento da mentalidade geral do seu povo. E foi em referência a isso que falei em terceiro mundo.
        Bom domingo.

      • Os EUA têm algumas das pessoas mais inteligentes do mundo. Também tem montes de gente pouco inteligente e que por acaso são mais mais visíveis. Todos os países têm. A única diferença é que se fala mais nos EUA. Parece-me que está a subestimar a capacidade intelectual dos americanos.

        Bom domingo.

      • Estou, sim, a subestimar a capacidade intelectual dos americanos. Mas penso que deixei claro, no primeiro comentário, que no seu seio, «uma minoria de Homens Bons tenta (…) equilibrar aquele país».

      • Não sejas ridículo lol
        Trump é um anormal, burro, e pior, tem a mania da superioridade porque conhece bem as suas fragilidades, este comportamento dele é apenas um mecanismo de contrariar a realidade.
        Mas a realidade é esta, Trump é um cepo!

      • O que é mais ridículo? Achar que uma pessoa que se tornou milionário e presidente e que o seu trabalho até esta a correr bem é um anormal, burro e com mania de superioridade ou achar que Trump é um cepo sem qualquer argumento válido? Se calhar melhor era olhar para a política dele em vez de criticar o homem.

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