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Trump pode ter problemas judiciais associados a fraude fiscal e difamação quando deixar a presidência

Chris Kleponis / EPA Pool

A 20 de janeiro, Joe Biden substituirá Donald Trump na presidência dos Estados Unidos (EUA), passando este a ser um cidadão comum perante a justiça criminal e cívil, podendo ser acusado em processos.

Segundo noticiou o Expresso esta segunda-feira, Trump foi protegido pelo facto de o Presidente em exercício nos EUA não poder ser envolvido em processos criminais.

Num desses casos, o ex-advogado Michael Cohen foi condenado por crimes cometidos em colaboração com o ainda chefe de Estado – violação das leis sobre financiamento eleitoral -, sendo que este não foi acusado.

Trump poderá enfrentar agora alegações de obstrução à justiça, contidas no relatório do procurador especial Robert Mueller sobre a intervenção russa nas eleições de 2016. Muitas das suas ações passaram por ameaças de demitir Mueller, chegando este a restringir as suas atividades.

Biden, por sua vez, afirmou que não gostaria que o seu mandato fosse marcado por processos-crime a Trump. Entretanto, alguns senadores americanos declararam que recusarão confirmar um procurador-geral que não garanta agir contra Trump.

Contudo, como lembrou o Expresso, Trump ainda pode atribuir perdões, havendo rumores sobre aplicar essa medida a pessoas que o podem defender, como é o caso de membros da sua família, incluindo os seus filhos mais velhos.

Além disso, há ainda os processos interpostos por procuradores estaduais, estando em causa fraude fiscal e declarações falsas prestadas a bancos. Segundo Cohen, Trump atribuía valores artificialmente baixos às suas propriedades quando se tratava de pagar impostos e, para conseguir empréstimos bancários, inflacionava esse valor.

Existem também acusações sobre os benefícios financeiros durante a presidência, alegações que envolvem o seu genro Jared Kushner, e outro no qual a sua sobrinha, Mary Trump, acusa Trump e outros dois tios de a terem defraudado da parte da herança do seu avô, que ela deveria ter recebido.

Duas mulheres interpuseram ainda processos contra Trump, acusando-o de abuso e de difamação. Uma delas, E. Jean Carroll, fala em violação.

Taísa Pagno //

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