Trump diz ter conseguido “uma das presidências mais bem-sucedidas da história” norte-americana

Ameaçado de destituição, o Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, escreveu no Twitter que se orgulha de levar a cabo “uma das presidências mais bem-sucedidas da história” norte-americana.

Segundo Donald Trump, “os democratas odeiam que o Presidente esteja a apresentar resultados substanciais”, destacando os números do emprego e a “redução da imigração ilegal” e frisando que “a construção do muro na fronteira com o México está em curso”, noticiou esta segunda-feira a TSF.

Na sexta-feira, o Comité Judiciário da Câmara de Representantes dos EUA aprovou dois artigos para a sua destituição, acusando-o de abuso de poder e obstrução ao Congresso. Ambos foram votados favoravelmente pela maioria democrata na Câmara de Representantes, com 23 votos contra os 17 da oposição, composta por republicanos.

A votação aconteceu após o debate sobre a redação dos artigos, com os Democratas a imporem a sua versão acusatória sobre o comportamento de Trump no caso que envolve uma alegada pressão sobre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

Os dois artigos serão votados no plenário da Câmara de Representantes, esta semana. Se forem aprovados por maioria simples pela maioria democrata na Câmara, seguem para o Senado, que se constitui como uma espécie de tribunal para julgar as atividades de Donald Trump, logo no início de 2020.

Senado quer ouvir quatro testemunhas no ‘impeachment’

O líder da minoria democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer, apelou no domingo a que a câmara alta do Congresso, liderada por republicanos, exija depoimentos de três atuais e um antigo assessor da Casa Branca, revelou o Expresso, citando a Reuters.

Schumer solicitou formalmente os depoimentos do chefe de gabinete em exercício da Casa Branca, Mick Mulvaney, do assessor Robert Blair, do antigo conselheiro de segurança nacional John Bolton e do responsável do Orçamento Michael Duffey.

O pedido foi feito ao líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, que na semana passada anunciou que estava a coordenar-se com a Casa Branca e aludiu a um julgamento sem testemunhas.

Os democratas na Câmara dos Representantes também pediram os testemunhos daqueles quatro responsáveis. Mulvaney, Blair e Duffey desafiaram as intimações para testemunhar, enquanto Bolton não foi intimado.

 

O travão no Senado

Ao chegar ao Senado, o ‘impeachment’ só resulta na destituição de Trump caso seja votado favoravelmente por dois terços dos senadores. Mas, até ao momento, os senadores republicanos não deram indicações nesse sentido, pelo que, chumbado na câmara alta, o processo morrerá e Trump continuará no cargo.

Na sua carta, Schumer também instou o Senado a exigir um “conjunto limitado de documentos” que, acredita, ajudarão a perceber os contornos da decisão de Trump de atrasar 391 milhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia, fazendo-a depender do anúncio de uma investigação aos Biden.

O líder da minoria democrata também sugeriu que os procedimentos pré-julgamento aconteçam a 06 de janeiro e que os senadores e o chefe de Justiça dos EUA, John Roberts, que presidirá à sessão, prestem juramento no dia seguinte.