(dr) Presidência da Ucrânia

Volodymyr Zelenskyy com Donald Trump
O número de mortos será “muito mais elevado do que aquilo que ouvem”, avisa o futuro presidente dos EUA – que falará com Putin e Zelenskyy.
O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse esta segunda-feira que vai conversar com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, visando acabar com a “carnificina” da guerra na Ucrânia.
“Vamos falar com o Presidente Putin e vamos falar com Zelensky e representantes da Ucrânia. Temos de parar com isto, é uma carnificina. É a pior carnificina a que este mundo já assistiu desde a II Guerra Mundial”, disse Trump, numa declaração aos jornalistas a partir da residência de Mar-a-Lago, na Florida.
“Uma grande parte deste território… Quando se olha para o que aconteceu… Há cidades que não têm um único edifício em pé. É um estaleiro de demolição. As pessoas não podem voltar para estas cidades, não sobrou nada. Só destroços”, comentou o futuro Presidente norte-americano.
E, sobre os destroços, Trump lembrou que muita gente vivia nos edifícios que foram totalmente destruídos. Por isso, avisa: “O número de mortos na Ucrânia será muito mais elevado do que aquilo que ouvem”.
Donald Trump contou que viu fotografias que o deixaram sensibilizado: “Vi fotografias de campos de corpos empilhados. Parecem fotografias da Guerra Civil (EUA, século XIX) com cadáveres por toda a parte. Se vissem essas fotografias, ficariam mais sensibilizados. Aquilo tem de parar”, reforçou.
O futuro presidente criticou o atual presidente, Joe Biden, por ter autorizado a Ucrânia a atacar Rússia com mísseis de longo alcance dos EUA: “Foi muito mau, foi um erro grave” – e admitiu que pode reverter essa decisão quando tomar posse em janeiro, porque foi uma “grande estupidez”.
Trump tem manifestado repetidamente o seu desejo de pôr fim ao conflito, sem explicar como pretende proceder, assegurando apenas que a Ucrânia deve esperar menos ajuda de Washington.
Os aliados europeus e Kiev temem que Trump possa forçar Kiev a concessões significativas, o que de facto concederia uma vitória geopolítica e militar a Vladimir Putin.
ZAP // Lusa