A administração de Trump está a terminar o financiamento para uma rede de centro de investigação focados em ameaças ambientais para crianças, colocando em risco vários estudos de longa data sobre os efeitos dos poluentes no desenvolvimento infantil.
As medidas da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) são vistas pelos críticos como um ataque à ciência e uma luz verde para as indústrias poluidoras, segundo informações da E&E News.
Em causa estão 13 centros de investigação em Saúde Ambiental e Prevenção de Doenças para Crianças, localizados em várias universidades e polos de investigação no país, que estudam doenças desde leucemia infantil a transtornos do espetro do autismo.
Desde de 2017 que já foram identificados e comunicados problemas com a perda de financiamento da EPA, que tem limitado o potencial de muitos destes centros. Em desespero, foi pedido um maior financiamento a Scott Pruitt, que foi administrador da EPA até julho de 2018.
Quatro meses depois, Pruitt respondeu, sem no entanto referir um aumento no financiamento. “Eu reconheço a forte recomendação de continuar com o apoio financeiro dos centros. Vamos honrar os nossos compromissos de financiamento existentes”, disse.
Andrew Wheeler, que fez lobby para empresas de combustíveis fósseis antes de ser, sem grande justificação, escolhido por Trump como chefe da EPA, disse em 2019 que “proteger a saúde das crianças é uma das principais prioridades da agência”.
O orçamento da Agência de Proteção Ambiental direciona cerca de 50 milhões de dólares (44,8 milhões de euros) para concessões de “escolas saudáveis”, que tratam da remoção de chumbo e ratos de espaços escolares.
Além disso, a administração de Trump vai também terminar com o financiamento de 220,6 milhões de dólares (197,7 milhões de euros) a quatro programas de investigação diferentes que trabalham com produtos químicos em água potável. A cidade de Flint, no estado americano do Michigan, ainda não tem água limpa, segundo o Boing Boing.
