O júri de um tribunal federal em Nova York decidiu esta terça-feira que Donald Trump foi responsável de abuso sexual e difamação contra a ex-jornalista E. Jean Carroll na década de 1990.
Após o julgamento no âmbito civil, os nove jurados decidiram que o ex-presidente não violou E. Jean Carroll, mas que foi responsável por abuso sexual e difamação, segundo revelam, entre outros, o The New York Times e a CNN.
Segundo a imprensa norte-americana, americana, Trump foi condenado a pagar a Carrol uma indemnização de 5 milhões de dólares, cerca de 4,5 milhões de euros.
A decisão foi anunciada pelas 15 horas (20:00 em Lisboa) depois de os jurados terem chegado a uma deliberação em menos de três horas.
Donald Trump denunciou o “veredicto vergonhoso”. O magnata republicano insistiu, após ter sido divulgada a deliberação de um júri, que não conhecia a denunciante.
“Não tenho absolutamente nenhuma ideia de quem é essa mulher”, realçou o ex-presidente norte-americano na sua rede social Truth Social.
O ex-presidente norte-americano acusou-a ainda de ser uma “maluca” que inventou “uma história fraudulenta e falsa” para vender um livro de memórias.
Além de considerar o veredicto “uma vergonha” o republicano, já candidato assumido às primárias do seu partido para as presidenciais de 2024, destacou que esta é “a continuação da maior caça às bruxas de todos os tempos”.
Trump não compareceu no julgamento e rejeitou um convite para testemunhar.
Esta é a primeira vez que Trump é condenado após deixar a presidência do país, embora em janeiro a sua empresa, a Trump Organization, tenha sido condenada a pagar 1,61 milhões de dólares por um esquema de evasão fiscal.
Carroll, uma das mais de uma dúzia de mulheres que acusaram Trump de agressão ou assédio sexual, veio a público em 2019 alegando que o magnata republicano a violou em 1996 num vestiário de uma loja em Manhattan.
Carroll falou a primeira vez sobre a acusação em 2019, num artigo publicado na revista New York. A jornalista disse que encontrou Trump nos armazéns Bergdorf Goodman, na Quinta Avenida, em Manhattan, e que este lhe pediu a opinião sobre uma peça de lingerie que pretendia oferecer a uma mulher.
Em 2019, Carroll apresentou uma queixa contra Trump por difamação, após este ter negado a acusação de violação e de ter dito que o único objetivo da jornalista era ganhar dinheiro com a promoção de um livro.
Durante o julgamento assistiu-se a alegações de comportamento inadequado de Trump com mulheres e à reprodução do vídeo “Access Hollywood”, no qual Trump se gabava de agarrar os órgãos genitais das mulheres sem pedir autorização.
Natasha Stoynoff, antiga redatora da revista People, testemunhou, entre lágrimas, que Trump a beijou à força, contra a sua vontade, enquanto lhe mostrava a sua propriedade de Mar-a-Lago, logo após o Natal de 2005, para um artigo sobre o seu primeiro aniversário de casamento com a terceira mulher, Melania.
Antes do julgamento, os advogados de Trump não conseguiram impedir que os jurados vissem o vídeo do “Access Hollywood” e ouvissem Stoynoff, que disse ter contado a poucas pessoas o que se passou no alegado incidente na altura, mas que decidiu vir a público depois de ver o vídeo e as subsequentes negações de Trump num debate de 2016.
Trump negou que alguma vez tenha tentado beijar Stoynoff.
O testemunho de Stoynoff ocorreu um dia depois de outra mulher, a antiga corretora da bolsa Jessica Leeds, ter testemunhado que Trump lhe apalpou os seios e tentou enfiar a mão na sua saia quando estavam sentados lado a lado num voo de uma companhia aérea no final dos anos 70.
Carroll manteve as alegações contra Trump em segredo durante 17 anos, contando apenas a dois amigos próximos, antes de as tornar públicas num livro de memórias de 2019.
Os advogados de Trump atacaram a credibilidade de Carroll através de um exaustivo contra-interrogatório, questionando porque é que não gritou por ajuda durante o alegado ataque e porque é que nunca foi à polícia.
Um psicólogo que testemunhou a favor de Carroll disse que é comum as vítimas de violação ficarem em silêncio e culparem-se a si próprias.
Trump é também alvo de duas investigações criminais: uma pelo seu papel na invasão do Capitólio, a 6 de Janeiro de 2021, e outra pela retenção de milhares de documentos da Casa Branca na sua mansão na Florida; e de uma investigação criminal da procuradoria de Fulton, no estado da Georgia, por pressões neste estado para que Biden fosse despojado da sua vitória na eleição presidencial de 2020.
ZAP // Lusa
O porco não deveria ser preso. Deveria era ser posto numa pocilga!
Tu é que devias ser preso por estares de acordo com uma trafulhice de cheiro político
Seria bom os Republicanos escolherem Trump nas primárias, com todos os processos em andamento, a vitória do velho Biden é certa.
Coitado do senhor ! Deve ter “ resmas” “ paletes” delas a fazerem fila para passarem a noite com ele!
Lembram se daquele outro senhor francês que estava a frente do FMI , pois aconteceu-lhe algo semelhante, teve a “ infeliz” ideia de “ alterar” as ditas regras e condutas do mesmo e como dizem os franceses “ et voila”…