O Presidente norte-americano anunciou, esta segunda-feira, ter chegado a acordo com a oposição democrata quanto ao orçamento, evitando assim a perspetiva de paralisação (“shutdown”) da administração federal até às próximas Presidenciais.
“Estou feliz por anunciar que chegámos a acordo (…) quanto a um orçamento para os próximos dois anos e o teto da dívida”, anunciou no Twitter Donald Trump, sublinhando “um verdadeiro compromisso”.
O acordo, que foi também anunciado num comunicado pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e pelo líder do Partido Democrata no Senado americano, Chuck Schumer, vai permitir ao Governo continuar a pagar as suas contas até às eleições do próximo ano e beneficia dos ganhos orçamentais conseguidos para o Pentágono e agências do país.
Pelosi e Schumer afirmaram que o acordo vai “reforçar a segurança nacional e investe nas prioridades da classe média que possibilitam mais saúde, segurança financeira e bem-estar ao povo americano“.
Ambos reclamam crédito pelo aumento de mais de 100 mil milhões de dólares (891 mil milhões de euros) destinados às prioridades internas desde que Trump assumiu o cargo.
O acordo apresenta em linhas largas uma despesa de 1,37 mil milhões de dólares (1,22 mil milhões de euros) no próximo ano e um pouco mais em 2021, o que significaria uma vitória para os legisladores que anseiam pôr Washington num caminho mais previsível, num cenário de turbulência e polarização políticas.
Os “falcões” da Defesa procuram consolidar o aumento das despesas militares enquanto os Democratas procuram proteger os programas domésticos.
Ninguém pode na realidade reivindicar uma grande vitória — embora o tenham feito —, mas os dois lados preferem o acordo a uma batalha prolongada neste outono que provavelmente não terminaria de forma muito diferente.
O acordo acontece numa altura em que o défice orçamental aumentou para um trilião de dólares (891 mil milhões de euros) — o que significa que o Governo tem de pedir emprestado um quarto de cada dólar gasto — apesar da economia próspera e das três rondas de propostas orçamentais de Trump, que tentou destruir os programas que Pelosi agora defendeu com sucesso.
O documento ignora igualmente os avisos sobre a insustentabilidade do défice e da dívida, que comprometem o futuro orçamental do país.
// Lusa