Em honra do funeral estadual da Rainha Isabel II, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, declarou que no dia 19 de setembro será feirado, concedendo assim folga aos trabalhadores. Mas 90% não pode aderir.
“Dar na segunda-feira aos canadianos uma oportunidade de chorar é importante (…) segunda-feira será um dia de luto, no qual não trabalharão”, disse na terça-feira o primeiro-ministro. Contudo, como avançou o Guardian, quase 90% dos trabalhadores no país estão sob jurisdição provincial, não sendo elegíveis para feriados federais.
François Legault, o primeiro-ministro da província francófona do Quebec, disse que o funeral seria marcado com um “dia de comemoração”, mas que não haveria tempo livre para os trabalhadores. Pouco depois, Ontário – a província mais populosa do Canadá -, seguiu o exemplo.
Alguns representantes de pequenas empresas alertaram para um custo económico que poderia ocorrer caso as províncias se juntassem ao governo federal no reconhecimento do feriado.
“Com um aviso prévio de seis dias, seria profundamente injusto para as pequenas empresas e custaria à economia milhares de milhões”, disse Dan Kelly, diretor da Federação Canadiana de Empresas Independentes, apelando a que se siga o exemplo do Reino Unido, que não exigirá o fecho das empresas na segunda-feira.
Embora a Rainha tenha tido uma forte aprovação ao longo do seu reinado, o apoio do Canadá à monarquia desvaneceu-se substancialmente nos últimos anos. Mais de metade do país disse que preferia ver a instituição abolida nos próximos anos.