A Turquia lançou uma mega-operação militar na Síria para recuperar 38 soldados e um sarcófago histórico, temendo a sua eventual destruição às mãos dos militantes do Estado Islâmico.
Esta operação militar, que envolveu cerca de 600 soldados e tanques armados, de acordo com dados da agência Reuters, decorreu durante este fim-de-semana, com as forças da Turquia a ultrapassarem a fronteira para salvarem 38 soldados que estavam, há meses, rodeados pelo Exército Islâmico e que tinham como missão guardar o túmulo de Suleyman Shah, o avô de Osman I, o fundador do Império Otomano.
A intervenção foi bem sucedida, e sem que se tenham travado quaisquer combates. As tropas turcas recuperaram os soldados e trouxeram o sarcófago de Suleyman Shah, com cerca de 800 anos, os seus restos mortais e outras relíquias.
O túmulo de Suleyman Shah, que se terá afogado no Rio Eufrates no Século XVIII, já tinha sido deslocado por diversas vezes, no passado. Estava actualmente na cidade síria de Karakozak, a cerca de 37 quilómetros da fronteira com a Turquia, numa zona que é considerada território turco.
O sarcófago estava localizado num mausoléu moderno, que tinha sido construído por volta dos anos de 1970, e que as tropas turcas trataram de destruir, para evitar dar ao Estado Islâmico o prazer de o fazer.
Os militantes do Estado Islâmico têm procedido à destruição de diversos legados culturais e históricos, nomeadamente túmulos e colecções de livros. Foi por temer que o mesmo pudesse suceder com o sarcófago de Suleyman Shah que a Turquia decidiu intervir.
SV, ZAP