Tripulantes da Ryanair marcam greve para 29 de março, 1 e 4 de abril

Os tripulantes de cabine da Ryanair exigem o cumprimento da legislação laboral e afirmam que a situação laboral na empresa é “insustentável”.

Os tripulantes de cabine da Ryanair anunciaram hoje que vão estar em greve nos dias 29 de março, 1 e 4 de abril, exigindo o cumprimento da legislação laboral.

“Considerando que é de toda a legitimidade os tripulantes de cabine ao serviço da Ryanair exigirem o cumprimento da Constituição da República”, lê-se no aviso do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), publicado esta sexta-feira na imprensa.

“Tendo em conta que a Ryanair não cumpre a legislação laboral e que as condições de trabalho se têm deteriorado nos últimos anos, este sindicato vem apresentar um pré-aviso de greve a realizar no dia 29 de março e nos dias 1 e 4 de abril“, refere ainda.

A greve é decretada para todos os voos, cujas horas de apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 dos dias em questão, bem como para os demais serviços, como “assistência ou qualquer tarefa no solo”.

O sindicato alega que os tripulantes têm sofrido bullying, processos disciplinares abusivos, condicionamento psicológico, ameaças de transferência de base”, em caso de não cumprimento dos objetivos de vendas estipulados, e “o total desrespeito” pelas leis da parentalidade, tornando a situação laboral na empresa “insustentável”.

No dia 15 de fevereiro, depois de uma assembleia-geral de emergência, os tripulantes de cabine da Ryanair acordaram o agendamento de três dias de greve em março e abril, não tendo apontado, na altura, a data concreta para a sua realização.

Segundo a moção aprovada na altura, a que a Lusa teve acesso, os tripulantes criticavam ainda a transportadora por não pagar um salário mensal mínimo, garantido em Portugal, aos trabalhadores contratados por duas agências e por só se garantir a retribuição mínima se houver uma redução salarial.

Os tripulantes apontaram também a existência de “contratos precários há mais de 10 anos”, a recusa em tratar os tripulantes com o “mínimo de respeito e dignidade humana, exigível a qualquer empresa a laborar em Portugal”, e o adiamento do diálogo com os sindicatos dos tripulantes.

// Lusa

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