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Triângulo das Bermudas, EUA e Portugal ligados por cabos submarinos da Google

Telegeography.com / Asia Times

Era este o mapa da rede mundial de cabos submarinos de telecomunicações, há cinco anos

A Google anunciou, esta segunda-feira, o Nuvem: um novo sistema de cabos submarinos transatlânticos que liga Portugal, as Bermudas e os EUA. “É um investimento muito importante”, considerou o ministro das Infraestruturas.

Portugal vai estar ligado aos EUA e às Bermudas através de cabos submarinos Nuvem da Google.

Este novo sistema que foi batizado com a palavra portuguesa “nuvem”, adianta a tecnológica, “irá melhorar a resiliência da rede no Atlântico e ajudar a responder à procura crescente por serviços digitais”.

O percurso do novo cabo “irá acrescentar diversidade às rotas internacionais e apoiar o desenvolvimento da infraestrutura de tecnologia de informação e comunicação (TIC) para os continentes e países envolvidos”.

Os pontos de amarração do Nuvem “abraçaram esta oportunidade e urgência e estão a emergir rapidamente como portas de entrada e hubs para a conectividade internacional”, adianta a Google.

Nos últimos anos, o Governo das Bermudas tem feito “esforços significativos para atrair investimentos em infraestruturas de cabos submarinos e criar um hub digital atlântico — incluindo a aprovação de nova legislação para a criação de corredores de cabos e para a simplificação do licenciamento”.

Com planos para amarração em Portugal, o Nuvem “é o membro mais recente do portfólio de cabos submarinos de Portugal que também inclui o Equiano, o sistema concluído recentemente que liga Portugal ao Togo, Nigéria, Namíbia, África do Sul e Santa Helena”, acrescenta a Google. O Equiano foi anunciado em 2019.

Portugal é a porta europeia de entrada

“O investimento da Google incorpora a nossa visão para Portugal nos setores das telecomunicações e dos dados: estabelecer o nosso país como uma porta de entrada de conectividade próspera para a Europa, promovendo conexões robustas com outros continentes”, afirma o ministro das Infraestruturas, João Galamba, no comunicado.

“O Governo português considera este investimento muito importante e só foi possível graças à grande articulação e diálogo entre o Ministério, as entidades portuguesas e a Google”, acrescentou.

O Nuvem “será não só o primeiro cabo a aterrar neste ambiente robusto, mas também o primeiro a ligar as Bermudas à Europa”, acrescenta a tecnológica.

“A Agência de Desenvolvimento de Negócios das Bermudas (BDA) saúda o anúncio da Google de que as Bermudas serão o lar de um novo cabo transatlântico no caminho para se tornar num hub digital do Atlântico”, afirma David Hart, presidente executivo (CEO) da Agência de Desenvolvimento de Negócios das Bermudas.

A BDA “defende há muito tempo que a centralidade das Bermudas a torna num ponto ideal de chegada e de interconexão para cabos submarinos entre as Américas, a Europa e a África e estamos muito entusiasmados por estes esforços terem dado frutos. Com cerca de 95% das comunicações mundiais a serem transportadas em redes de cabos submarinos, o papel das Bermudas enquanto switch internacional de tráfego de dados irá proporcionar maior resiliência e redundância da rede aos países de ambos os lados do Atlântico ao longo das próximas décadas”, acrescenta.

Do lado dos EUA, o Nuvem terá como ponto de amarração a Carolina do Sul.

“Com previsão de entrada ao serviço em 2026, o Nuvem irá acrescentar capacidade, aumentar a confiabilidade e diminuir a latência para os utilizadores da Google e dos clientes da Google Cloud em todo o mundo”, adianta a tecnológica.

Em conjunto com o Equiano, “[o Nuvem] irá criar novos e importantes corredores de dados que ligam a América do Norte, do Sul, Europa e África — servindo como uma espécie de raízes subaquáticas que fortalecem a rede intercontinental, ao mesmo tempo que juntam pessoas e economias de todo o mundo“, conclui a Google.

ZAP // Lusa

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