Três rugidos derrubam fraca resistência flaviense

Pedro Sarmento Costa / Lusa

O Sporting demorou quase uma parte a encontrar o código para marcar na baliza do Chaves, mas assim que Paulinho o fez em cima do minuto 45, o avançado passou o testemunho a Trincão e Pedro Gonçalves.

Ao minuto 56, os líderes do campeonato derrubaram a fraca resistência dos flavienses e fecharam a primeira volta do campeonato na liderança.

No último lugar, a equipa de Moreno pouco fez para ameaçar o amplo domínio leonino – não enquadrou nenhum remate nas seis tentativas que fez – algo que outras quatro equipas já fizeram nas anteriores 16 jornadas da prova.

E não fosse a superlativa exibição do guarda-redes Hugo Souza, teria saído de cena com um desaire ainda mais gordo.

Ao 13º remate, o Sporting derrubou a muralha flaviense e abriu a contagem em Chaves. Desde cedo que a turma leonina tomou de assalto os últimos 25 metros e fez de tudo para levar de vencida o bloco contrário.

Porém, ora as enormes defesas de Hugo Souza, ora o desacerto de Pedro Gonçalves e companhia iam adiando aquilo que parecia uma inevitabilidade.

Numa espécie de festival de golos falhados, os forasteiros tinham, aos 30 minutos, acumulados já dez acções com a bola na área contrária, oito remates e três ocasiões flagrantes desperdiçadas.

À beira do intervalo, Paulinho contou com a ajuda involuntária do estreante Vasco Fernandes para colocar os líderes do campeonato na liderança do “placard”.

Hugo Souza era a unidade em foco nos primeiros 47 minutos, graças a cinco defesas, ao todo evitou 0,6 golos (defesas – xSaves), que lhe davam um GoalPoint Rating de 6.8.

No espaço de quatro minutos, entre os 52 e os 56, os “verdes-e-brancos” deram uma dupla estocada no resultado e deixaram a montanha que os Chaves teria de escalar ainda mais alta.

Trincão com precisão e “Pote” – sexta jornada seguida em que marca ou assiste – com mais um “passe para a baliza” foram os autores dos tentos.

Apesar da vontade, o Chaves demonstrou algumas das razões que o levam a estar na “lanterna vermelha”, nunca esteve cómodo no encontro, foi previsível nas acções e teve pouca imaginação e organização para criar lances perigosos na área leonina em, não fosse Hugo Souza, e o “score” poderia ter sido ainda mais ampliado.

Com este resultado, a equipa de Moreno passa a somar apenas uma vitória nas últimas dez partidas, sendo que a última vez que bateu o pé ao Sporting em casa foi na época 2016/17, num duelo da Taça de Portugal – no campeonato, o derradeiro êxito foi em 1998/99.

Por sua vez, os de Alvalade fecham a primeira volta com a liderança na mão, com sete vitórias de rajada em todas as provas tendo, ainda, apontado 11 golos nos últimos três encontros em que participaram.

Melhor em Campo

Face à ausência de Morita, Pedro Gonçalves recuou no terreno, mas nem por isso perdeu preponderância na manobra da equipa.

O polivalente esteve em todo o lado e foi o motor leonino em Chaves com seis remates – máximo no duelo -, quatro enquadrados (recorde na competição até ao momento entre jogadores do Sporting), um golo, uma ocasião flagrante desperdiçada, uma flagrante criada, 36 acções com a bola – oito na área contrária -, três duelos ganhos, outros tantos perdidos, cinco recuperações de posse e nove perdas acumuladas.

Por tudo isto, foi um justo MVP com um GoalPoint Rating de 8.1.

Resumo

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